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Aziz nega racha em votação da CPI, mas diz que ninguém é condenado por 'pirotecnia'

Placeholder - loading - 16/09/2021 REUTERS/Adriano Machado
16/09/2021 REUTERS/Adriano Machado

Publicada em  

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), garantiu nesta segunda-feira que não há racha no grupo majoritário da comissão, o chamado G7, mas alertou que apenas 'pirotecnia' não é capaz de condenar responsáveis pela má gestão da pandemia no país.

O grupo passou por um mal estar após o vazamento de trechos do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) antes que pudesse ser discutido internamente. Há divergências a respeito de pontos do texto, como a tipificação do crime de genocídio de povos indígenas pelo governo, mas Aziz defendeu que nada do que já foi divulgado seja retirado do texto sob pena de lançar desconfiança sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

'Não há racha, o objetivo é o mesmo', disse Aziz a jornalistas. 'Há divergência de encaminhamento, e eu tenho o direito de não ter gostado disso.'

Aziz negou que a crise no G7 tenha sido causada pela intenção de retirar qualquer ponto do parecer. Manifestou, no entanto, a preocupação de alguma das tipificações previstas no parecer 'cair' por conta de uma denúncia frágil.

'Não adianta eu te acusar de 10 coisas. Eu preciso te acusar de uma coisa bem feita e você será condenado do mesmo jeito', argumentou.

O senador garantiu, no entanto, que nenhum dos integrantes do grupo majoritário irá votar contra o parecer de Renan Calheiros. 'Quem vai votar contra? Não creio que alguém vote contra o relatório do senador Renan', disse.

'Agora, ninguém é condenado quando você carrega só na tinta, tá? As pessoas são condenadas na Justiça quando você tem provas contundentes contra elas... Você pode fazer uma pirotecnia. Mas depois sentou ali, com a sobriedade do juiz, analisando prova a prova, eu espero que a gente não tenha nenhum tipo de retrocesso nisso', afirmou Aziz.

Na semana passada, Renan afirmou em entrevistas que seu relatório pedirá o indiciamento de Bolsonaro por 11 supostos crimes.

Segundo o presidente da CPI, a cúpula da comissão havia acertado de reunir-se nesta segunda-feira no gabinete de Renan para que ele fizesse uma exposição do parecer. Aziz não escondeu o desconforto de, ainda na sexta-feira à noite, conhecer partes do texto pela imprensa.

Justamente por isso o senador cancelou a reunião desta segunda e foi categórico ao dizer que só tem interesse em saber do conteúdo do relatório na quarta-feira, quando ele será oficialmente apresentado à CPI em uma reunião convocada para sua leitura.

Questionado se não tinha vontade de ter acesso ao documento antes de quarta-feira, Aziz respondeu que 'zero'.

'A gente tem preocupação em saber quando ninguém sabe', disse.

Aziz negou que o mal estar pessoal com Renan vá atrapalhar a conclusão da CPI.

'Isso não pode afetar o trabalho que nós fizemos até agora', disse.

Mais cedo, Renan considerou natural haver discordâncias no grupo que comanda a investigação, disse estar disposto a conversar e afirmou que o parecer a ser apresentado não refletirá apenas sua posição ou a de qualquer outro senador, mas a da maioria da comissão.

Para o relator, essas diferenças são 'superficiais' e facilmente sanáveis'.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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