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PL pede mais tempo para analisar reforma tributária e quer mudanças no texto

Placeholder - loading - Plenário da Câmara dos Deputados 20/12/2022 REUTERS/Adriano Machado
Plenário da Câmara dos Deputados 20/12/2022 REUTERS/Adriano Machado

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Após reunião em Brasília nesta quinta, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu defender que os parlamentares tenham mais tempo para analisar a proposta de reforma tributária, além de mudanças no texto atual, disse o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), que participou do encontro.

Jordy disse ainda que, caso o texto vá à votação nesta quinta, como quer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e sem as alterações defendidas pelo partido, o PL deverá fechar questão contra a matéria, o que significa que deputados que contrariarem a orientação e votarem a favor da reforma poderão ser punidos.

'Nós queremos uma reforma tributária, mas não esta reforma tributária da forma que está', disse Jordy. 'Há necessidade de modificar esses pontos e de mais tempo também, para que a gente possa votar essa reforma depois do recesso e não agora, a toque de caixa. 142 páginas (de texto da reforma) é inviável.'

A reunião do partido contou com a presença de Bolsonaro, presidente de honra do PL, detentor da maior bancada da Câmara com 99 deputados. O ex-presidente tem se posicionado publicamente e de forma firme contra a reforma.

Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), disse que o ex-presidente daria o tom da posição da bancada. Ao mesmo tempo, o líder afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também participou da reunião e é favorável à reforma, poderia influenciar.

No entanto, segundo pessoas que participaram do encontro, o governador paulista foi hostilizado por bolsonaristas na reunião e ouviu de Bolsonaro que não tem experiência política antes de deixar a reunião antes de seu fim. Uma pessoa ligada ao governador e que pediu para não ter o nome revelado, negou que Tarcísio tenha sido hostilizado e disse que ele buscou esclarecer os pontos que defende e dialogar com a bancada.

Tarcísio é afilhado político de Bolsonaro, de quem foi ministro. O ex-presidente patrocinou pessoalmente a candidatura do ex-auxiliar ao governo paulista na eleição do ano passado.

Na noite de quarta, o Republicanos, partido de Tarcísio e que tem 41 deputados, fechou questão a favor da reforma.

Também nesta quinta, após participar de reunião do PL, o líder da oposição no Congresso, senador Rogério Marinho (PL-RN), disse que o partido deve votar contra a reforma, caso ela seja votada nesta quinta, e também pediu que a votação seja adiada.

'Acredito que, pelo bem do país, era importante que nós tivéssemos a oportunidade de aguardarmos os impactos que esse texto finalizado vai ocasionar no conjunto da sociedade brasileira', disse.

'Se demorou 50, 60 anos para votar, por que não aguardar dois ou três meses?', acrescentou Marinho.

Por se tratar de uma PEC, a reforma tributária precisa dos votos favoráveis de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação para então ir ao Senado, onde necessitará do aval de 49 dos 81 senadores também em dois turnos para ser promulgada.

(Reportagem adicional de Fernando Cardoso, em São Paulo)

Escrito por Reuters

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