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Brasil tem aumento médio de temperatura e mudança no regime de chuvas, mostra Inpe

Placeholder - loading - Praia de Ipanema lotada durante onda de calor no Rio de Janeiro 12/11/2023 REUTERS/Ricardo Moraes
Praia de Ipanema lotada durante onda de calor no Rio de Janeiro 12/11/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Ao longo das últimas décadas, o Brasil já teve aumento de 1,5 grau Celsius de temperatura em algumas partes, mudanças no regime de chuvas, crescimento no número de dias secos e maior duração das ondas de calor, mostrou nesta segunda-feira um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre os impactos das mudanças climáticas no país.

O estudo compara o que aconteceu com o clima no país nos períodos de 1991 a 2000, 2001 a 2010 e 2011 a 2022 na comparação com um período de referência de 1961 a 1990.

Na Região Nordeste, a análise mostra que a temperatura máxima média vem subindo gradualmente e já aumentou 1,5ºC em relação ao período de 1961 a 1990. Naquela época, a média era de 30,7°C e gradualmente subiu para 31,2°C em 1991-2000; 31,6°C em 2001-2010; e 32,2°C em 2011-2020.

Os dados mostram também uma mudança no regime de chuvas, com queda na precipitação média no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste em índices que variam entre 10% e 40%. A média no volume de chuvas caiu de 1.210 mm entre 1961 e 1990 para 1.030 mm entre 2011 e 2020.

O número de dias secos consecutivos também aumentou, passando nessas regiões de uma média de 80 a 85 dias por ano para cerca de 100 dias.

No lado oposto, a quantidade de chuva aumentou na Região Sul, no sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. A precipitação média passou de 1.500 mm para 1.660 mm entre 2011 e 2020.

Em meio a mais uma onda de calor que o país passa nesta semana, o estudo mostra que esses extremos de temperatura vem sendo mais frequentes nos últimos anos.

Entre 1961 e 1990, as ondas de calor tinham duração média de sete dias, mas isso vem aumentando rapidamente. Entre 1991 e 2000 a duração média já era de 20 dias; no período seguinte, subiu para 40 dias, e, na última década analisada, chegou a 52 dias.

A exceção para essas ondas de calor são justamente as regiões mais atingidas pela chuva: o sul do país e o sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso.

'O mais recente relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima das Nações Unidas) destacou que as mudanças climáticas estão impactando diversas regiões do mundo de maneiras distintas', disse o pesquisador do Inpe Lincoln Alves, coordenador do estudo, em nota divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

'Nossas análises revelam claramente que o Brasil já experimenta essas transformações, evidenciadas pelo aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos em várias regiões desde 1961 e irão se agravar nas próximas décadas proporcionalmente ao aquecimento global', acrescentou.

Nos últimos dias, o Brasil tem passado por mais uma onda de calor extremo, com temperaturas batendo recordes nos Estados do Sudeste e Centro-Oeste. São Paulo registrou calor de 37,1ºC, maior temperatura registrada em um mês de novembro desde que se iniciaram as medições. O mesmo aconteceu em Belo Horizonte, que chegou a 36,1ºC.

Escrito por Reuters

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