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Investimento estrangeiro em portfólio no país cai em março após 9 meses de alta

Placeholder - loading - Cédulas de dólares em órgão de impressão da moeda em Washington 26/3/2015 REUTERS/Gary Cameron
Cédulas de dólares em órgão de impressão da moeda em Washington 26/3/2015 REUTERS/Gary Cameron

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Por Isabel Versiani

BRASÍLIA (Reuters) - Os investimentos estrangeiros em ações e títulos no Brasil voltaram a cair em março após um período de nove meses de alta que havia garantido uma recuperação dos fluxos após as violentas perdas sofridas no primeiro semestre de 2020, sob o impacto da pandemia global do coronavírus.

Números das contas externas divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central mostraram que os não residentes retiraram 2,084 bilhões de dólares de investimentos em carteira do país no mês passado, período de recrudescimento do coronavírus no Brasil. O dado se compara a um fluxo positivo mensal médio de 3,6 bilhões de dólares desde junho do ano passado.

Para o BC, a saída de recursos não pode ser associada ao agravamento da pandemia nem é possível dizer, no momento, se configurará uma nova tendência.

Em entrevista à imprensa, o diretor do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacou que, enquanto em março houve saída de investimentos de ações e fundos de investimento (-2,996 bilhões de dólares) e entrada de recursos para títulos (+912 milhões de dólares), a parcial de abril mostra um fluxo trocado. Até o dia 20, entraram no país 1,154 bilhão para ações e saíram 1,250 bilhão de dólares que estavam investidos em títulos de dívida no mercado doméstico.

'Não dá para falar em tendência ainda, são movimentos voláteis', disse Rocha.

Os investimentos diretos, mais voltados ao longo prazo e por isso tradicionalmente menos voláteis, somaram 6,864 bilhões de dólares em março, pouco abaixo dos 7,386 bilhões de dólares registrado no mesmo mês de 2020. Para abril, a estimativa do BC é que os ingressos totalizem 4,9 bilhões de dólares.

TRANSAÇÕES CORRENTES

Os dados do balanço de pagamentos mostraram, ainda, que o Brasil registrou déficit em transações correntes de 3,970 bilhões de dólares em março, inferior ao déficit computado há um ano, de 4,257 bilhões de dólares.

Essa diferença teria sido bem maior se não fosse o impacto das operações de nacionalização de plataformas de petróleo feitas no âmbito do regime aduaneiro Repetro, computadas como importações pelo Banco Central.

Essas operações somaram 6,5 bilhões de dólares no mês passado, alavancando o volume total das importações e levando o país a registrar um déficit comercial de 437 milhões de reais, segundo o BC.

O Ministério da Economia deixou de computar as operações do Repetro --em que não há entrada ou saída de bens do país-- nos seus dados de balança comercial a partir deste mês, em uma revisão metodológica que envolveu outros ajustes. Com isso, estimou o saldo comercial de março em um superávit de 6,5 bilhões de dólares.

Mas o BC informou que seguirá com os registros do Repetro pois adota normas contábeis adotadas internacionalmente para o balanço de pagamentos em o que define exportações e importações é se há troca de propriedade entre residentes e não-residentes.

A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de um déficit de 2,5 bilhões de dólares para março.

Em 12 meses, o déficit em conta corrente do país passou a 1,24% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,26% do PIB em fevereiro, segundo o BC. Para abril, o BC projetou um superávit em transações correntes de 5,7 bilhões de dólares.

Até o dia 20 deste mês, o fluxo cambial ficou positivo em 576 milhões de dólares, disse ainda o BC.

Escrito por Reuters

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