Casos de coronavírus no Brasil vão a 234; governo contratará mais médicos, incluindo cubanos
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SÃO PAULO (Reuters) - O número de casos confirmados de coronavírus no Brasil subiu para 234 nesta segunda-feira, uma alta de 34 em relação ao domingo, informou o Ministério da Saúde, reiterando que planeja contratar mais médicos em meio à pandemia, incluindo profissionais cubanos que já atuaram no país.
São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal possuem casos confirmados de transmissão local do vírus, enquanto os municípios do Rio e de São Paulo já registraram transmissão comunitária -- que ocorre quando é atestada a doença em um paciente que não viajou ao exterior e que não teve contato conhecido com um indivíduo com coronavírus confirmado.
No total do país, são 80 casos de transmissão local e 21 de transmissão comunitária, segundo a pasta.
São Paulo, com 152 casos confirmados, é o Estado com maior presença da doença, seguido pelo Rio de Janeiro, com 31, de acordo com balanço divulgado pelo ministério pouco antes das 16h.
Além disso, o país possui 2.064 casos suspeitos da doença, sendo 1.177 deles em São Paulo.
CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS
Com preocupações com a demanda por profissionais de saúde no país, autoridades do Ministério da Saúde reiteraram em entrevista coletiva a proposta de ampliação das contratações de médicos, incluindo cubanos e residentes, sob o programa 'Médicos pelo Brasil'.
Segundo a pasta, serão convocados inicialmente médicos brasileiros com CRM que se inscreveram no programa. O ministério estima que 4.400 profissionais tenham aplicado para pouco mais de 5 mil vagas.
'Depois dessa primeira chamada de médicos brasileiros com CRM, passa por uma testagem junto aos municípios, e posteriormente, após a terceira chamada de médicos brasileiros, haverá a substituição de um determinado número de profissionais e que, neste caso, serão chamados os médicos cubanos que estavam trabalhando no programa anterior', disse o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis.
Ele fez referência ao programa 'Mais Médicos', iniciado pelo governo Dilma Rousseff (PT) e rompido em meados de 2019 pelo governo Jair Bolsonaro, que o substituiu pelo 'Médicos pelo Brasil'.
O início de trabalho dos novos profissionais selecionados nas primeiras chamadas está previsto para 7 de abril.
Em relação aos residentes, Gabbardo afirmou que as universidades receberão convocações para que estudantes da área da saúde --como futuros médicos, fisioterapeutas e enfermeiros-- que estiverem no último ano da graduação se inscrevam como voluntários nas secretarias de Saúde de seus municípios.
(Po Gabriel Araujo, em São Paulo, e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
Escrito por Reuters
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