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Cabeças de porco com nome do presidente francês são encontradas perto de mesquitas de Paris

Cabeças de porco com nome do presidente francês são encontradas perto de mesquitas de Paris

Reuters

09/09/2025

Placeholder - loading - Ministro do Interior da França, Bruno Retailleau 02/09/2025 REUTERS/Gonzalo Fuentes
Ministro do Interior da França, Bruno Retailleau 02/09/2025 REUTERS/Gonzalo Fuentes

Atualizada em  09/09/2025

(Corrige fonte do comentário no 4º parágrafo para o chefe de polícia, Laurent Nuñez, e não o ministro do Interior, Bruno Retailleau)

PARIS (Reuters) - Cabeças de porco apareceram do lado de fora de pelo menos nove mesquitas em Paris e arredores nesta terça-feira, disseram autoridades, com o nome do presidente francês Emmanuel Macron rabiscado em cinco delas.

As autoridades não informaram quem poderia estar por trás dos ataques, mas prometeram apoio à população muçulmana da França, em um momento de crescente sentimento anti-islâmico. A França tem a maior população de muçulmanos da Europa, mais de 6 milhões, para quem os porcos são considerados impuros.

'Quero que nossos compatriotas muçulmanos possam praticar sua fé em paz', disse o ministro do Interior, Bruno Retailleau, aos repórteres. 'Entendo que eles se sintam magoados.'

O chefe de polícia de Paris, Laurent Nuñez, disse que não podia descartar a interferência estrangeira para desestabilizar a França, que enfrenta uma crise fiscal e política.

'Não podemos deixar de traçar paralelos com ações anteriores, que muitas vezes ocorreram à noite e foram comprovadamente atos de interferência estrangeira', disse.

A promotoria de Paris disse que quatro cabeças de porco foram encontradas do lado de fora de mesquitas de Paris e cinco nos arredores da capital.

Uma unidade policial de Paris está investigando o incidente por suspeita de incitação ao ódio, agravada pela discriminação, informou o Ministério Público de Paris.

'Esses atos claramente coordenados marcam uma nova e triste etapa na ascensão do ódio antimuçulmano e visam dividir nossa comunidade nacional', disse a Grande Mesquita de Paris.

'Diante do ódio, os cidadãos muçulmanos da França estão determinados a trabalhar pela unidade do nosso país.'

O racismo está aumentando no país, de acordo com um relatório de 2024 da Comissão de Direitos Humanos da França. Setenta e nove atos antimuçulmanos foram registrados pelo Ministério do Interior entre janeiro e março de 2025, um aumento de 72% em relação ao mesmo período de 2024.

Em junho, depois que um barbeiro tunisiano foi morto a tiros por seu vizinho, a promotoria antiterrorismo da França abriu sua primeira investigação sobre um assassinato inspirado em ideias de extrema direita.

Em abril, milhares de pessoas protestaram depois que um malinês foi esfaqueado até a morte em uma mesquita por um intruso, que insultou o islamismo enquanto filmava o ato.

(Reportagem de Mathias de Rozario e Juliette Jabkhiro em Paris)

Reuters

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