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Carrefour não venderá produtos da PepsiCo em 4 países na Europa por alta de preços

Placeholder - loading - Garrafas de Pepsi em prateleira 11/07/2017 REUTERS/Mario Anzuoni
Garrafas de Pepsi em prateleira 11/07/2017 REUTERS/Mario Anzuoni

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Por Piotr Lipinski

PARIS (Reuters) - O francês Carrefour está informando aos clientes de quatro países europeus que não venderá mais produtos da PepsiCo, como Pepsi e batatas fritas Lay's, porque eles estão muito caros, no mais recente episódio da disputa entre varejistas e gigantes globais de alimentos.

A partir desta quinta-feira, as prateleiras dos produtos PepsiCo nas lojas do Carrefour na França, na Itália, na Espanha e na Bélgica exibirão cartazes informando que a unidade não armazenará mais as marcas 'devido a aumentos de preços inaceitáveis', disse um porta-voz do supermercado francês.

A mudança do Carrefour impacta mais de 9 mil lojas nos quatro países, totalizando dois terços da presença global do varejista de 14.348 lojas, segundo seu relatório anual de 2022.

Varejistas de produtos alimentares em vários países, incluindo a Alemanha e a Bélgica, também suspenderam as encomendas, numa tática nas negociações de preços que se tornaram mais tensas devido à inflação.

Alguns produtos da PepsiCo, como Cheetos e 7Up, não estavam disponíveis em um supermercado Carrefour no elegante 16º distrito de Paris nesta quinta-feira, enquanto outros, incluindo a Pepsi, ainda estavam nas prateleiras, ao lado das placas.

Os clientes do supermercado aplaudiram amplamente a medida.

'Isso não me surpreende em nada', disse a compradora Edith Carpentier à Reuters. 'Acho que ainda restarão muitos produtos nas prateleiras porque ficaram muito caros e são coisas que podemos evitar comprar.'

A PepsiCo não respondeu a um pedido de comentário.

A empresa norte-americana disse em outubro que planejava aumentos 'modestos' de preços este ano, uma vez que a demanda se manteve apesar de reajustes anteriores, levando-a a elevar a previsão de lucro para 2023 pela terceira vez consecutiva.

O Carrefour tem sido um dos varejistas mais ativos a desafiar as grandes empresas de produtos de consumo e de alimentos em relação aos preços.

No ano passado, o grupo deu início a uma campanha de alerta aos consumidores sobre o 'encolhimento' de produtos, colocando avisos naqueles cujas embalagens diminuíram de tamanho, mas que seguiram custando mais. O porta-voz não pôde confirmar imediatamente nesta quinta-feira se esse ainda era o caso.

Em esforços para reduzir a inflação, o governo francês pediu aos varejistas e fornecedores que encerrem negociações anuais de preços em janeiro, dois meses antes do habitual.

A França destoa da Europa na medida em que regula fortemente o setor varejista, forçando os supermercados a negociar preços apenas uma vez por ano com os produtores de alimentos e bebidas, numa tentativa de proteger sua indústria agrícola.

Mas a última rodada de negociações no início do ano passado, no auge da crise inflacionária, resultou em aumentos de preços muito elevados em todos os níveis, o que atingiu o volume de negócios nos supermercados e os estimulou a negociar reduções de preços desta vez.

Escrito por Reuters

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