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Celso de Mello diz que na democracia não há espaço descumprimento arbitrário de decisão judicial

Placeholder - loading - Ministro do STF Celso de Mello 28/11/2012 REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro do STF Celso de Mello 28/11/2012 REUTERS/Ueslei Marcelino

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BRASÍLIA (Reuters) - Ao dar o nono voto a favor da legalidade do inquérito das fake news, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou uma série de recados indiretos ao governo Jair Bolsonaro nesta quinta-feira.

Celso de Mello disse que no Estado Democrático de Direito não há espaço para 'voluntário e arbitrário descumprimento de decisões judiciais'.

Alvo de críticas de Bolsonaro e aliados, Celso de Mello disse que o cumprimento de decisões judicial revela o dever de 'fidelidade à Constituição' e que não fazê-lo pode implicar em crime de responsabilidade do presidente e de ministros. Esse tipo de crime, se for julgado procedente, importa em perda de mandato.

Segundo o magistrado, o Supremo, ao intervir para conter excessos de poder, faz isso de forma 'plenamente legítima' ao que conferiu a Constituição.

MÁQUINA

O decano justificou que o inquérito --cujo objetivo é investigar a divulgação de notícias falsas e ameaças a ministros do STF-- revelou que há uma máquina de fake news e que atua sob um manto de anonimato institucional.

Segundo ele, os resultado obtidos da apuração apontaram que a verdadeira máquina de fake news operava e continua a fazer com base em núcleos financeiro, decisório, político e operacional, semelhantes a organizações criminosas.

'Liberdade fundamental de pensamento não protege, não ampara atos criminosos, especialmente aquelas condutas que podem provocar lesão ao regime democrático', disse.

Pouco antes, o ministro Marco Aurélio Mello deu até agora o único voto a favor do pedido para suspender a tramitação do inquérito das fake news.

Para Marco Aurélio, a apuração pelo próprio Supremo viola o princípio da separação de funções em uma investigação criminal.

Com o placar de 9 a 1 pela legalidade do inquérito, falta apenas o voto do presidente do STF, Dias Toffoli.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Escrito por Reuters

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