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Chefe de direitos humanos da ONU alerta para aumento do risco de 'crimes de atrocidade' em Gaza

Chefe de direitos humanos da ONU alerta para aumento do risco de 'crimes de atrocidade' em Gaza

Reuters

06/12/2023

Placeholder - loading - Construções danificadas no norte de Gaza por ataque israelense  30/11/2023   REUTERS/Alexander Ermochenko
Construções danificadas no norte de Gaza por ataque israelense 30/11/2023 REUTERS/Alexander Ermochenko

Por Gabrielle Tétrault-Farber

GENEBRA (Reuters) - O chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Volker Turk, advertiu nesta quarta-feira que há um risco maior de 'crimes de atrocidade' em Gaza, pedindo às partes envolvidas que se abstivessem de cometer tais violações.

De acordo com as Nações Unidas, o termo 'crimes de atrocidade' refere-se a crimes de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, conforme definido por tratados internacionais.

'Meus pares humanitários descreveram a situação como apocalíptica. Nessas circunstâncias, há um risco maior de crimes de atrocidade', disse Turk aos repórteres em Genebra.

'Medidas precisam ser tomadas com urgência, tanto pelas partes envolvidas quanto por todos os Estados, especialmente aqueles com influência, para evitar tais crimes', afirmou ele.

As tropas israelenses e os militantes do Hamas travaram um feroz combate terrestre em Gaza nesta quarta-feira, depois que os israelenses chegaram à cidade de Khan Younis, no sul do país.

Os bombardeios dos últimos dias forçaram a população a fugir para o sul do enclave palestino densamente povoado, onde a superlotação e a ausência de saneamento básico podem espalhar doenças.

'Cerca de 1,9 milhão dos 2,2 milhões de palestinos foram deslocados e estão sendo empurrados para lugares cada vez menores e extremamente superlotados no sul de Gaza, em condições insalubres', disse Turk.

'A ajuda humanitária está novamente praticamente interrompida à medida que se espalham os temores de doenças e fome generalizadas.'

Turk disse que a única maneira de encerrar o conflito era acabar com a ocupação israelense e optar por uma solução de dois Estados. 'Acho que uma coisa é muito clara: o conflito não pode voltar a ser o que era', afirmou.

O gabinete de Turk solicitou acesso a Israel para coletar informações sobre os ataques de 7 de outubro, incluindo atos de violência sexual, mas não recebeu resposta de Israel.

Autoridades israelenses já abriram sua própria investigação sobre violência sexual cometida pelo Hamas.

'Repeti esse apelo e espero que ele seja ouvido', declarou Turk sobre seu pedido de acesso a Israel. 'Está claro: formas atrozes de violência sexual precisam ser investigadas a fundo.'

O Hamas nega que seus combatentes tenham cometido tais abusos.

Reuters

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