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Chile não é obrigado a negociar acesso ao mar com Bolívia, decide CIJ

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Por Stephanie van den Berg e Aislinn Laing

HAIA (Reuters) - A Bolívia não pode forçar o Chile a negociar a concessão de um 'acesso soberano' ao Oceano Pacífico, decidiram juizes da Corte Internacional de Justiça (CIJ) nesta segunda-feira, em um revés para o presidente boliviano, Evo Morales.

A Bolívia entregou a maior parte de seu antigo litoral ao Chile em 1904 em um tratado após a Guerra do Pacífico. Desde então, os dois países vizinhos têm realizado conversas ocasionais sobre a possível criação de um corredor para a Bolívia ter acesso ao mar, mas os juízes da CIJ decidiram que isso não faz com que o Chile seja obrigado a negociar um acesso.

Morales acompanhou o julgamento na corte e disse a repórteres do lado de fora do Palácio da Paz, em Haia, onde fica localizado o CIJ, que vai continuar lutando pelo acesso ao mar para a Bolívia.

O presidente do Chile, Sebastian Piñera, comemorou com assessores na capital Santiago e disse a repórteres que, apesar de o Chile sempre estar aberto ao diálogo com seus vizinhos, Morales criou uma 'expectativa falsa' entre os bolivianos.

Ao ler a decisão da corte por 12 votos 3, o juiz Abdulqawi Yusuf disse que, apesar do longo histórico de conversas entre os dois países, o Chile nunca se comprometeu com negociações que levariam à concessão de território, como a Bolívia argumentou.

Portanto 'a corte é incapaz de concluir... que o Chile tem a obrigação de negociar com a Bolívia para chegar a um acordo concedendo à Bolívia completo acesso soberano ao Oceano Pacífico'.

Atualmente o Chile fornece à Bolívia acesso livre de impostos ao porto de Arica, perto de sua fronteira com o Peru. A Bolívia quer, entretanto, ter um corredor para o mar incluindo uma linha férrea e um porto sob seu próprio controle.

Em 2012, Morales interrompeu negociações que via como sem resultados, e passou a buscar uma decisão judicial para fortalecer o caso da Bolívia.

Os juizes observaram que sua decisão, embora fique do lado do Chile, não pretende impedir que os países retomem as negociações 'no espírito da boa vizinhança'.

Escrito por Thomson Reuters

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