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Cientistas questionam necessidade de vacinas de reforço contra Covid-19

Placeholder - loading - Vacinação em Ehrenfeld, Colonha (Alemanha)  8/5/2021 REUTERS/Thilo Schmuelgen
Vacinação em Ehrenfeld, Colonha (Alemanha) 8/5/2021 REUTERS/Thilo Schmuelgen

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Por Julie Steenhuysen e Kate Kelland

(Reuters) - Desenvolvedores de vacinas contra Covid-19 estão postulando com ousadia cada vez maior que o mundo precisará de vacinas de reforço anuais, ou de novas vacinas contra variantes preocupantes do coronavírus, mas alguns cientistas questionam quando, ou se, tais vacinas serão necessárias.

Em entrevistas à Reuters, mais de uma dezena de especialistas influentes em doenças infecciosas e em desenvolvimento de vacinas disseram que existem indícios crescentes de que uma primeira rodada de vacinações globais pode oferecer uma proteção duradoura contra o coronavírus e as variantes mais preocupantes descobertas até o momento.

Alguns destes cientistas expressaram o receio de que as expectativas públicas a respeito de vacinas de reforço contra Covid-19 estejam sendo criadas por executivos de farmacêuticas, e não por especialistas médicos, mas muitos concordaram que se preparar para tal necessidade por precaução é prudente.

Eles temem que uma pressão de nações ricas por uma repetição de vacinações ainda neste ano aprofunde a lacuna com países mais pobres que estão tendo dificuldade para comprar vacinas e podem levar anos para inocular seus cidadãos até mesmo uma vez.

'Ainda não vemos os dados que embasariam uma decisão sobre haver ou não a necessidade de vacinas de reforço', disse Kate O'Brien, diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O'Brien disse que a OMS está formando uma comissão de especialistas para avaliar todos os dados de variantes e de eficácia de vacinas e recomendar mudanças nos programas de vacinação de acordo com a necessidade.

O executivo-chefe da Pfizer Inc, Albert Bourla, disse que as pessoas 'provavelmente' precisarão de uma dose de reforço da vacina da empresa a cada 12 meses – semelhante à vacina anual contra a gripe – para manter níveis altos de imunidade contra o vírus SARS-CoV-2 original e suas variantes.

'Existe zero, e quero dizer zero, indício que sugira que este é o caso', contrapôs o doutor Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

'É completamente inadequado dizer que provavelmente precisaremos de um reforço anual, porque não temos ideia da probabilidade disto', disse Frieden, que hoje lidera a iniciativa global de saúde pública Resolve to Save Lives, a respeito das afirmações da Pfizer sobre as vacinas de reforço.

Respondendo às críticas, a Pfizer disse que acredita na necessidade de reforços enquanto o vírus ainda estiver circulando amplamente.

(Por Julie Steenhuysen em Chicago e Kate Kelland em Londres; reportagem adicional de Michael Erman em Maplewood, Nova Jersey)

Escrito por Reuters

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