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Cientistas registram os primeiros estágios de uma supernova

Placeholder - loading - Esta imagem composta da Nebulosa do Caranguejo, um remanescente de supernova, foi montada combinando dados de cinco telescópios abrangendo quase toda a amplitude do espectro eletromagnético 10/05/2017
Esta imagem composta da Nebulosa do Caranguejo, um remanescente de supernova, foi montada combinando dados de cinco telescópios abrangendo quase toda a amplitude do espectro eletromagnético 10/05/2017

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Por Ari Rabinovitch

REHOVOT, Israel (Reuters) - Cerca de 20 milhões de anos atrás, em uma galáxia não tão distante assim, uma grande estrela explodiu e disparou elementos que representam os blocos de construção da vida pelo espaço.

Cerca de um ano atrás, por sorte, quando a luz que emitiu chegou à Terra, uma equipe de cientistas em Israel a observou e, pela primeira vez, coletou dados sobre os primeiros estágios de uma explosão como essa, conhecida como supernova.

Eles estão montando um cenário que oferece uma visão detalhada das origens de elementos cruciais ao nosso redor, como o cálcio dos nosso dentes e o ferro do nosso sangue.

“Na verdade, estamos vendo uma fornalha cósmica na qual os elementos pesados são formados, enquanto eles estão sendo formados. Estamos observando à medida que acontece. Essa é realmente uma oportunidade única”, disse o astrofísico do Instituto de Ciência Weizmann, Avishay Gal-Yam.

As descobertas, publicadas nesta quarta-feira na revista Nature, também indicam que a estrela gigante, localizada em uma galáxia vizinha chamada Messier 101, provavelmente deixou um buraco negro para trás depois de explodir.

Um astrônomo amador que por acaso estava observando aquela galáxia deu a dica aos pesquisadores que algo parecia estar acontecendo. Eles rapidamente focaram seus telescópios terrestres na estrela e começaram a documentar os primeiros estágios da explosão.

A equipe, que inclui o estudante de doutorado e co-autor principal do estudo, Erez Zimmerman, entrou em contato com a Nasa, que mudou seu cronograma e mirou o Telescópio Espacial Hubble para a supernova. Isso permitiu a observação em estágio inicial da luz ultravioleta da explosão, que é bloqueada pela atmosfera e não é captada na Terra.

Além de rastrear elementos como carbono, nitrogênio e oxigênio lançados ao espaço, os dados ultravioletas mostraram uma discrepância entre a massa inicial da estrela e a massa que ela ejetou ao espaço durante a explosão.

“Suspeitamos que, depois da explosão, um buraco negro ficou para trás - um novo buraco negro que não estava lá antes. É o remanescente da explosão. Um pouco da massa da estrela entrou em colapso no centro e criou um novo buraco negro”, disse Gal-Yam.

Buracos negros são objetos extraordinariamente densos com gravidade tão forte que nem mesmo a luz consegue escapar.

Tendo criado uma espécie de impressão digital da supernova do começo ao fim, Gal-Yam disse que isso pode ajudar os cientistas a identificar supernovas iminentes em outros lugares.

“Talvez consigamos dizer nos próximos anos, não para todas as estrelas, mas talvez para algumas delas, que achamos e suspeitamos que essa estrela explodirá”, acrescentou Gal-Yam. “Isso será fantástico e então saberemos que precisamos estar lá e nos preparar.”

(Reportagem de Ari Rabinovitz)

Escrito por Reuters

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