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Comissão do Senado aprova indicações de Picchetti e Teixeira para diretoria do BC

Placeholder - loading - Entrada da sede do Banco Central, em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado
Entrada da sede do Banco Central, em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado

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Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira as indicações do professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Paulo Picchetti e do servidor de carreira Rodrigo Alves Teixeira para a diretoria do Banco Central.

Picchetti, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, foi aprovado por 20 votos favoráveis, 1 contra e uma abstenção, enquanto Teixeira, nomeado para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, foi aprovado por 22 a 1.

As indicações seguem agora para apreciação do plenário do Senado, onde será feita a votação final para que as nomeações sejam autorizadas. A expectativa é que essa votação ocorra dentro de cerca de duas semanas, uma vez que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e vários outros parlamentares estão fora do país para participar da COP-28, realizada nos Emirados Árabes.

Durante sabatina realizada pela CAE, Picchetti afirmou que a adoção de uma política fiscal expansionista em momentos de crescimento econômico gera pressão inflacionária e leva o Banco Central aumentar os juros.

'Você não pode usar a política fiscal para estimular a economia em todos os momentos, o ideal é que ela seja usada em momentos de recessão, de retração econômica', disse, em meio a questionamentos sobre a capacidade do governo de zerar o déficit primário em 2024, o que levou o Palácio do Planalto a cogitar uma flexibilização da meta para permitir mais gastos.

O economista afirmou que o BC precisa acompanhar a evolução do cenário das contas públicas para implementar sua política monetária, ressaltando que o arcabouço fiscal aprovado neste ano tem grande mérito de apontar trajetória de sustentabilidade da dívida do governo.

Teixeira, por sua vez, afirmou que mudanças na política macroeconômica, especialmente na política monetária, precisam ser feitas com serenidade e transparência, sem solavancos.

Para ele, o diálogo entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é uma demonstração de que toda a sociedade pode ganhar com a coordenação entre as políticas fiscal e monetária.

OS INDICADOS

Com as nomeações, Lula, que assumiu a Presidência com fortes críticas à atuação do BC, passará a ter quatro indicados entre os nove componentes do colegiado, em meio a um ambiente externo considerado adverso, que tem gerado incertezas sobre os passos futuros da política monetária.

Após deixar os juros parados por quase um ano, o Banco Central adotou três cortes de 0,5 ponto percentual na Selic, que chegou ao atual patamar de 12,25% ao ano. O BC ainda prevê reduções equivalentes nos próximos meses.

Próximo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Picchetti é doutor em economia pela Universidade de Illinois (Estados Unidos) e atua como professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP). Ele tem estudos publicados no site do Banco Central que tratam de expectativas de inflação e modelos para medir a evolução de preços.

Teixeira é doutor em economia pela USP e servidor do Banco Central há 21 anos. Atualmente, é cedido para a Casa Civil da Presidência, com participação em conselhos da Apex Brasil e da Empresa Gestora de Ativos (Emgea). Ele ocupou cargos na prefeitura de São Paulo entre 2013 e 2015, quando Haddad era prefeito da cidade.

(Com reportagem adicional de Ricardo Brito)

Escrito por Reuters

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