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Crise de energia piora e Cuba desliga parte da iluminação pública

Placeholder - loading - Instalações de energia turcas na baía de Havana, em Cuba 17/02/2023 REUTERS/Alexandre Meneghini
Instalações de energia turcas na baía de Havana, em Cuba 17/02/2023 REUTERS/Alexandre Meneghini

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Por Nelson Acosta e Marc Frank

HAVANA (Reuters) - Cuba desligou quase três quartos da iluminação pública durante os horários de pico para lidar com uma escassez de energia cada vez maior, disse a imprensa estatal da ilha nesta terça-feira, enquanto as esperanças de reverter uma crescente crise econômica diminuem.

Os apagões, que atrapalham a vida diária e a economia, têm atormentado o país comunista há anos, mas pioraram nos últimos meses devido à falta de combustível e pela necessidade de manutenção de uma infraestrutura obsoleta.

O ministro de Minas e Energia, Vicente de la O Levy, disse em reunião do conselho de ministros que a medida era uma entre uma série, que inclui o fechamento de milhares de serviços estatais e o deslocamento da produção para diminuir os apagões que assolam Cuba, segundo a mídia estatal.

O país dependente de importações enfrenta uma crise econômica cada vez mais profunda que fez com que o produto interno bruto caísse 10% desde 2019.

O governo culpa as sanções da era Trump contra o turismo em moeda estrangeira, serviços médicos e remessas, com impactos agravados pela pandemia, pelo aumento dos custos de transporte e pelos esforços vacilantes de reestruturação de uma economia centralizada e dominada pelo Estado.

A escassez de moeda estrangeira para importar comida, remédios, combustíveis e outros bens essenciais parecem ter piorado neste ano até o momento, mostram dados oficiais.

De la O Levy disse no mês passado que Cuba recebeu apenas 46% das importações de combustível previstas, causando longos apagões em todo o país, com exceção da capital Havana.

Uma pesquisa telefônica em cinco das 14 províncias indicou que os moradores estavam sofrendo apagões diários de seis a 12 horas, divididos em duas parcelas.

Yurkina Gracial, funcionária pública de 40 anos da província de Guantánamo, no extremo leste do país, disse por telefone que 'a energia cai por quatro horas duas vezes por dia e é insuportável por causa do calor'.

No outro extremo da ilha caribenha, na província de Pinar del Rio, o proprietário de um restaurante, Jaime Carrillo, disse que as interrupções de energia chegavam a oito horas por dia.

'Os apagões sempre complicam seu trabalho diário', disse ele.

'Por exemplo, os líquidos e as carnes sofrem com o descongelamento nas geladeiras.'

(Reportagem de Marc Frank e Nelson Acosta)

Escrito por Reuters

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