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CSN espera criar CSN Infraestrutura em 2026 e levantar bilhões para reduzir dívida

CSN espera criar CSN Infraestrutura em 2026 e levantar bilhões para reduzir dívida

Reuters

05/11/2025

Placeholder - loading - Uma vista de drone mostra a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda 10 de fevereiro de 2025 REUTERS/Ricardo Moraes
Uma vista de drone mostra a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda 10 de fevereiro de 2025 REUTERS/Ricardo Moraes

Atualizada em  05/11/2025

SÃO PAULO (Reuters) -A CSN está em estágio avançado para a criação de uma empresa que concentrará os ativos de infraestrutura do grupo e espera conseguir concluir o processo em meados de 2026, o que deverá gerar recursos significativos para reduzir o endividamento, que hoje está acima dos R$37 bilhões, disse o diretor financeiro, Antonio Marco Rabello, nesta quarta-feira.

'O grupo tem sete ativos que vão migrar para essa operação', disse Rabello em conferência com analistas após a publicação, na noite da véspera, dos resultados do terceiro trimestre.

'Está superavançado e isso vai trazer liquidez adicional para o grupo. Vai trazer alguns importantes bilhões de reais para reduzir alavancagem ainda em 2026', acrescentou o executivo.

Segundo Rabello, a CSN deverá fazer 'anúncios formais' sobre a operação nas 'próximas poucas semanas'.

A CSN tem uma série de ativos de infraestrutura dentro do grupo, incluindo a ferrovia Transnordestina, portos no Rio de Janeiro e participação na transportadora ferroviária MRS.

Rabello comentou que a formação da CSN Infraestrutura atraiu 'vários grupos interessados' e que a empresa espera conseguir fechar a transação em meados do próximo ano.

Já sobre a atração de sócios para os negócios em energia elétrica, algo prometido há anos pela companhia, o executivo afirmou que a CSN voltou a discutir 'com alguns parceiros', mas não deu prazo para uma eventual conclusão e citou que é uma transação que não vai alterar significativamente a alavancagem do grupo.

Por outro lado, a CSN espera para novembro uma nova medida de proteção comercial pelo governo brasileiro, desta vez sobre pré-pintados, depois que ação antidumping definitiva foi publicada no final de agosto envolvendo folhas metálicas.

O diretor comercial da companhia, Luis Fernando Martinez, afirmou que 'tem muita certeza' pela decisão de antidumping nos pré-pintados e galvalumes no final de novembro. Para dezembro, o executivo afirmou que é esperada aplicação de antidumping sobre laminados a frio e aços revestidos e laminados a quente devem ser alvo de medida semelhante em março.

'Há uma outra pegada do governo nesse sentido, estou muito otimista', disse Martinez sobre a aparente aceleração das medidas de proteção comercial pelo Brasil contra aço importado, principalmente da China.

Martinez afirmou ainda que a CSN implementou em outubro aumento médio de 5% nos preços de toda a carteira de produtos siderúrgicos, e avaliou que 'não tem nada que impeça' de perpetuar até o final do ano. 'O cenário é mais positivo', afirmou.

Com as medidas antidumping tomadas, a redução das importações, aumentos de preços e uma demanda por aço ainda firme no Brasil, o executivo citou que espera um 'cenário de margem Ebitda de duplo dígito no quarto trimestre. No terceiro trimestre, a margem das operações de siderurgia da CSN foi de 8,1%, abaixo dos 10,8% dos três meses anteriores.

(Por Alberto Alerigi Jr.Edição de Pedro Fonseca)

Reuters

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