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Declaração final do G20 oferece poucos compromissos sobre clima

Placeholder - loading - Líderes mundiais durante reunião do G20 em Roma 31/10/2021 Aaron Chown/Pool via REUTERS
Líderes mundiais durante reunião do G20 em Roma 31/10/2021 Aaron Chown/Pool via REUTERS

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Por Gavin Jones e Jan Strupczewski

ROMA (Reuters) - Os líderes do Grupo das 20 maiores economias do mundo concordaram com uma declaração final neste domingo que pede por uma ação 'significativa e eficaz' para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, mas oferece poucos compromissos concretos.

O resultado de dias de duras negociações entre diplomatas deixa um enorme trabalho a ser feito em uma cúpula climática mais ampla da Organização das Nações Unidas (ONU) na Escócia, para onde a maioria dos líderes do G20 voarão diretamente após o encontro de cúpula que tiveram neste fim de semana em Roma.

O G20, que inclui Brasil, China, Índia, Alemanha e Estados Unidos, é responsável por cerca de 80% das emissões globais de gases de efeito estufa.

O documento final diz que os planos nacionais atuais sobre como reduzir as emissões terão que ser reforçados 'se necessário' e não faz nenhuma referência específica a 2050 como data para atingir a emissão líquida zero de carbono.

'Reconhecemos que os impactos da mudança climática a 1,5°C são muito menores do que a 2°C. Manter 1,5°C ao nosso alcance exigirá ações e compromissos significativos e eficazes por parte de todos os países', disse o comunicado.

O limite de 1,5°C é o defendido pelos especialistas da ONU para evitar uma aceleração dramática de eventos climáticos extremos como secas, tempestades e enchentes, e para alcançá-lo eles recomendam que as emissões líquidas zero devem ser alcançadas até 2050.

Os líderes reconheceram 'a principal relevância' de se alcançar a emissão líquida zero de carbono até meados deste século.

A China, o maior emissor de carbono do mundo, estabeleceu 2060 como meta, e outros grandes poluidores, como Índia e Rússia, também não se comprometeram com o prazo de 2050.

Especialistas da ONU dizem que mesmo que os planos nacionais atuais sejam totalmente implementados, o mundo está caminhando para um aquecimento global de 2,7 graus Celsius, com uma aceleração catastrófica de eventos como secas, tempestades e enchentes.

O comunicado final do G20 inclui o compromisso de interromper o financiamento internacional da geração de energia a carvão até o final deste ano, mas não estabelece nenhuma data para a eliminação gradual da energia a carvão, prometendo fazê-lo 'o mais rápido possível'.

O grupo também não fixou nenhuma data para a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis, dizendo que se esforçarão para fazer isso 'a médio prazo'.

Sobre o metano, que tem um impacto mais potente, mas menos duradouro do que o dióxido de carbono sobre o aquecimento global, o comunicado traz uma linguagem mais amena em relação a uma versão anterior que prometia 'nos esforçamos para reduzir nossas emissões coletivas de metano significativamente'.

Escrito por Reuters

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