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Déficit em transações correntes do Brasil sobe a US$50,762 bi em 2019, pior em 4 anos

Placeholder - loading - 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O déficit em transações correntes do Brasil fechou 2019 em 50,762 bilhões de dólares, alta de 22,2% sobre 2018 e no pior dado em quatro anos, afetado pela queda do superávit comercial do país, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira.

O maior rombo das contas externas antes disso havia sido registrado em 2015, quando o déficit foi de 54,472 bilhões de dólares.

O buraco nas transações correntes em 2019 passou a 2,76% do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 2,20% em dezembro do ano anterior.

Apesar da piora, ele seguiu coberto com folga pelos investimentos diretos no país (IDP), que alcançaram 78,559 bilhões de dólares no ano passado.

A expectativa do BC era de um déficit em transações correntes de 51,1 bilhões de dólares em 2019, mas com IDP um pouco melhor, de 80 bilhões de dólares.

Questionado se o aumento no déficit era um motivo de preocupação, já que não foi acompanhado de uma forte retomada da economia, o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, ponderou que não.

'Esse aumento do déficit em transações correntes, em valores nominais, foi de 9,2 bilhões de dólares. E a gente consegue identificar que a redução do superávit comercial respondeu por 13,6 bilhões desse aumento', disse ele.

A autoridade monetária já havia justificado que as transações correntes foram prejudicadas em 2019 pelo pior desempenho da balança comercial, num ano marcado pela desaceleração da economia na Argentina, peste suína afetando a China e a demanda por soja brasileira, além da dinâmica envolta em incertezas do comércio mundial em meio às tensões protagonizadas por Estados Unidos e China.

O ano passado também foi afetado por ruídos em relação aos números das transações correntes.

No início de dezembro, o governo anunciou uma correção para cima no registro das exportações de setembro a novembro, atribuindo a uma falha humana uma subnotificação de 6,488 bilhões de dólares que havia ajudado a piorar o resultado da balança comercial brasileira divulgado originalmente.

Ao fim, o superávit da balança comercial encerrou 2019 em 39,404 bilhões de dólares, recuo de 25,7% sobre 2018, diante de uma queda de 6,3% nas exportações e diminuição de 0,8% nas importações, apontou o BC.

Para 2020, o BC prevê novo aumento do déficit em transações correntes, para 57,7 bilhões de dólares, mas desta vez determinado principalmente por um aumento das importações, em meio a uma aceleração da atividade econômica.

Em 2019, as remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no Brasil caíram 14,8% sobre o ano anterior, a 31,126 bilhões de dólares. Esse foi o principal fator a guiar a retração de 4,8% no déficit em renda primária, a 55,989 bilhões de dólares.

Na conta de serviços, houve redução no ano tanto nos gastos líquidos de brasileiros no exterior, com recuo de 5,4% frente a 2018, a 11,681 bilhões de dólares, quanto nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, que caíram 8,2%, a 14,483 bilhões de dólares.

Fundamentalmente por conta desses dois movimentos, o déficit em serviços diminuiu em 1,7% em 2019, a 35,141 bilhões de dólares, apontou o BC.

DEZEMBRO

Em dezembro somente, o déficit em transações correntes foi de 5,691 bilhões de dólares, pior que a expectativa de um déficit de 4,5 bilhões de dólares, conforme pesquisa Reuters com analistas. A conta de IDP alcançou 9,434 bilhões de dólares, abaixo da projeção de 11 bilhões de dólares.

Escrito por Reuters

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