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Desabamento de prédios irregulares deixa ao menos 4 mortos no Rio de Janeiro

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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Dois prédios residenciais construídos de forma ilegal desabaram na manhã desta sexta-feira em uma comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro, deixando ao menos quatro mortos e pelo menos 8 feridos, além de um número ainda desconhecido de desaparecidos, disseram autoridades e testemunhas.

Segundo moradores da comunidade da Muzema, no bairro do Itanhangá, ao menos quatro famílias moravam nos edifícios de quatro andares, que estariam com as obras incompletas.

“As equipes estão no local à procura de sobreviventes que possam estar soterrados”, disse um porta-voz dos Bombeiros.

De acordo com a prefeitura do Rio, os prédios não eram autorizadas pelos órgãos fiscalizadores e tiveram as obras interditadas em novembro de 2018.

“A região é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e os prédios ali construídos não respeitam a legislação em vigor”, disse a prefeitura em comunicado.

“Por se tratar de área dominada por milícia, os técnicos da fiscalização municipal necessitam de apoio da Polícia Militar para realizar operações no local. Foi o que aconteceu em novembro de 2018, quando várias construções irregulares foram interditadas e embargadas pela prefeitura.”

O secretário de Infraestrutura da cidade, Sebastião Bruno, revelou que praticamente todos os prédios construídos no condomínio Figueira, na Muzema, são irregulares e que as obras foram feitas por milicianos.

“Aqui é uma área conflagrada e dominada por milicianos, mas vamos continuar a fazer nosso trabalho sem recuar e impedir irregularidades que ponham as pessoas em situação de risco”, disse o secretário.

Um homem que disse ser morador de um dos prédios que desabaram disse a jornalistas no local que conseguiu fugir após ouvir um estalo. “Consegui escapar, mas teve gente que ficou para trás”, afirmou.

Moradora de um prédio vizinho, Julianna Carvalho disse que muitas pessoas devem estar soterradas. “Morava muita gente lá”, afirmou. “Ouvi um estalo e foi tudo muito rápido. Primeiro caiu um e veio aquela poeira e aquele barulho, e o outro caiu logo em seguida”, acrescentou.

O desabamento ocorreu dias após o Rio de Janeiro ser atingido por chuvas recordes que provocaram diversos danos na cidade, inclusive na região dos prédios que desmoronaram. A cidade está em estágio de crise desde a noite de segunda-feira devido às chuvas, que deixaram 10 mortos.

Recentemente, a polícia fez uma operação contra milicianos que atuam na região e pertencem ao chamado escritório do crime. Um ex-policial militar foi preso acusado de liderar o grupo de milicianos que atua na zona oeste da cidade.

A comunidade da Muzema tem forte presença de milícias que controlam diversos negócios, incluindo construções de moradias ilegais e, em muitos casos, em condições precárias. Um moradora da região disse à Reuters que ao longo dos últimos três anos houve um boom de prédios construídos na Muzema por grupos paramilitares.

Escrito por Thomson Reuters

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