Diplomatas da China condenam governos estrangeiros por comentários sobre Taiwan pós-eleição
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Por Eduardo Baptista
PEQUIM (Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores da China e suas embaixadas em todo o mundo condenaram governos estrangeiros que parabenizaram o Partido Democrático Progressista (PDP) de Taiwan e seu presidente eleito, Lai Ching-te, após o pleito presidencial do sábado na ilha.
Depois de o candidato presidencial do PDP, Lai, ter vencido a eleição, vários ministros e políticos de países que partilham laços calorosos, embora não oficiais na maioria das vezes, com a ilha autônoma enviaram mensagens de parabéns a Lai e ao PDP.
Isso desencadeou resposta rápida das embaixadas chinesas, destacando quão sensível Pequim é em relação a países que parecem conferir legitimidade a um candidato e um partido político que os chineses consideram como 'forças separatistas' e que querem transformar Taiwan em uma nação soberana independente.
O Ministério das Relações Exteriores da China citou neste domingo uma declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, parabenizando Lai e disse que o relacionamento entre Washington e Taiwan é 'um sinal seriamente incorreto' às 'forças separatistas de independência de Taiwan'.
'A China sempre se opôs firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre os Estados Unidos e Taiwan, e opõe-se resolutamente à interferência dos Estados Unidos nos assuntos de Taiwan, sob qualquer forma e sob qualquer pretexto', afirmou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado publicado no seu site.
A embaixada chinesa condenou no sábado o que chamou de 'ações incorretas' do ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron, depois que ele disse, em um comunicado parabenizando Lai e seu partido, que as eleições foram um 'testamento da vibrante democracia de Taiwan'.
Escrito por Reuters
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