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Atuação conjunta com BC não está no radar do Tesouro, alta do dólar não afeta gestão da dívida

Placeholder - loading - 15/10/2015 REUTERS/Bruno Domingos
15/10/2015 REUTERS/Bruno Domingos

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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - Não há 'absolutamente nada' no radar do Tesouro no sentido de atuação conjunta com o Banco Central, afirmou nesta terça-feira o coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Beier Lobarinhas, acrescentando que a alta recente do dólar frente ao real é pouco relevante para a gestão da dívida.

'Não observamos nada nem próximo da necessidade de se fazer qualquer coisa, qualquer atuação', afirmou ele em coletiva de imprensa.

Questionado sobre os motivos conjunturais para o avanço da moeda norte-americana, ele disse que, pessoalmente, enxerga o movimento como algo normal.

'Não vejo nada fora da normalidade', disse.

O Tesouro já atuou em conjunto com o BC em momentos de stress no mercado, suspendendo parte de seus leilões tradicionais e fazendo ações extraordinárias de compra e venda de títulos. Isso aconteceu, por exemplo, quando delações de executivos do grupo J&F atingiram o governo do ex-presidente Michel Temer.

Nesta manhã, o BC anunciou a realização de leilão de venda à vista de dólares, com lote mínimo de 1 milhão de reais.

Antes disso, o dólar havia batido nova máxima recorde acima de 4,26 reais, com os investidores pessimistas após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter afirmado na véspera que o câmbio de equilíbrio 'tende a ir para um lugar mais alto' num quadro de juros básicos mais baixos.

Em avaliação sobre o comportamento da curva longa de juros, Lobarinhas reconheceu que houve piora em novembro, citando um cenário de tensões relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China e protestos na América Latina.

Mas, segundo ele, a elevação de 40 pontos base na ponta longa da curva de juros vista em novembro ainda não anulou a queda de 60 pontos base registrada no mês passado.

DÍVIDA

Em outubro, a dívida pública federal do Brasil caiu 0,84% sobre setembro, a 4,121 trilhões de reais, num mês marcado por resgates líquidos e pelo recuo do dólar frente ao real, conforme dados divulgados pelo Tesouro nesta terça-feira.

Para o ano, a meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) é de um estoque da dívida entre 4,1 trilhões a 4,3 trilhões de reais.

A dívida pública mobiliária interna avançou 0,68% no mês, a 3,966 trilhões de reais, diante do resgate líquido de 51,57 bilhões de reais e apropriação positiva de juros de 24,41 bilhões de reais.

Já a dívida externa teve redução de 4,79%, encerrando o mês em 154,71 bilhões de reais.

Em outubro, o dólar caiu 3,52% sobre o fechamento de setembro num movimento embalado, entre outros fatores, pela esperança de robustos ingressos de capital por ocasião do leilão de petróleo da cessão onerosa, marcado para o início de novembro.

A perspectiva, no entanto, acabou sendo frustrada em meio à falta de interesse de grandes operadoras internacionais no certame, o que contribuiu para a alta da moeda norte-americana que tem sido vista em novembro.

Mais cedo neste mês, o Tesouro emitiu 3 bilhões de dólares no mercado externo com duas operações: o lançamento do novo título Global 2050, com o qual levantou aproximadamente 2,5 bilhões de dólares, e a reabertura do Global 2029, no valor de 500 milhões de dólares.

A jornalistas, Lobarinhas disse que a emissão no mercado externo foi feita 'com bastante sucesso', num momento em que as taxas estavam nas suas mínimas ou próximas das suas mínimas.

Olhando à frente, ele ressaltou que a partir de janeiro o Tesouro começará seu novo plano anual de financiamento, sem grandes mudanças na estratégia de buscar bons momentos e boas janelas para atuar no mercado externo.

Com 2019 se encaminhando para o fim, novas operações do tipo não devem ser feitas neste ano, sinalizou ele.

COMPOSIÇÃO DA DÍVIDA

Em outubro, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida, a 39,38% do total, acima do patamar de 38,36% em setembro. Para o ano, a meta é de 38% a 42%.

Já os títulos prefixados caíram a 30,42% da dívida, ante 31,75% no mês anterior, e uma meta de 29% a 33% para 2019.

Os papéis indexados à inflação, por sua vez, aumentaram sua representatividade a 26,27% da dívida total, ante 25,78% em setembro, sendo que a referência para este ano é de 24% a 28%.

No relatório mensal da dívida, o Tesouro também informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu a 11,33% em outubro, sobre 11,42% no mês anterior.

Escrito por Reuters

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