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Doria diz que não sabia que tecnologia da ButanVac é norte-americana

Placeholder - loading - Doria, durante chegada de insumo para produção da CoronaVac no aeroporto internacional de Guarulhos 4/3/2021 REUTERS/Carla Carniel
Doria, durante chegada de insumo para produção da CoronaVac no aeroporto internacional de Guarulhos 4/3/2021 REUTERS/Carla Carniel

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SÃO PAULO (Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que não tinha na sexta-feira a informação de que a tecnologia usada na ButanVac, vacina experimental contra Covid-19 que o Instituto Butantan pretende testar, foi desenvolvida nos Estados Unidos e, por isso, não deu essa informação ao anunciar o imunizante em entrevista coletiva.

Ainda assim, Doria reiterou sua visão de que a vacina é brasileira e afirmou que a colaboração internacional é positiva no combate à pandemia de Covid-19.

'Simplesmente, porque eu não tinha a informação', disse Doria quando indagado por que não disse que a ButanVac se baseia em tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos.

'Mas entendo que a ButanVac é uma vacina nacional, uma vacina brasileira. O importante é termos uma vacina, e temos uma vacina nacional, se ela tem parte dela tecnologia internacional, isso é uma boa contribuição, isso é positivo. Nós temos que combater essa pandemia com todas as forças, todas as alternativas disponíveis no Brasil e no mundo. Mas é uma vacina nacional', acrescentou.

Na sexta-feira, após o Butantan e o governo do Estado omitirem na coletiva de anúncio da ButanVac --anunciada como vacina 100% brasileira-- que o imunizante se baseia em uma tecnologia desenvolvida nos EUA, o instituto reconheceu em nota que firmou acordo de licenciamento com o Hospital Mount Sinai, de Nova York, para uso de tecnologia desenvolvida pela instituição para fabricar a ButanVac.

O reconhecimento da parceira, por meio de nota oficial, ocorreu após o Mount Sinai ter afirmado que um pesquisador da instituição foi o responsável por desenvolver a tecnologia que será utilizada pelo Butantan para fabricar a vacina.

Também na coletiva desta segunda-feira, realizada no Instituto Butantan sem a presença do presidente do instituto, Dimas Covas, o que não é usual, para marcar a entrega de uma nova remessa de doses da CoronaVac, vacina do laboratório chinês Sinovac ao Ministério da Saúde, Doria alfinetou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Na sexta-feira, Pontes convocou entrevista coletivas às pressas, horas depois do anúncio da ButanVac, para anunciar o pedido de testes para a Versamune, vacina que conta com apoio do governo federal.

'Eu tenho respeito pelo ministro Marcos Pontes, tenho amizade por ele, mas eu daria uma recomendação: acelera, ministro. É o que nós estamos fazendo aqui em São Paulo', afirmou Doria.

A Versamune está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, com a empresa brasileira Farmacore e a norte-americana PDS Biotechnology.

Tanto o Butantan quanto a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto ingressaram com pedidos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorização de testes clínicos em Fases 1 e 2 com as potenciais vacinas.

Ao comentar sobre a Versamune, Doria também fez questão de lembrar da ligação do potencial imunizante com a USP, que é do governo do Estado.

'À parte do meu comentário bem humorado em relação ao ministro Marcos Pontes, eu quero ressaltar que quanto mais vacinas tivermos, melhor para o Brasil, é bom, é saudável', disse.

'A vacina é da USP, da Universidade de São Paulo, que é de São Paulo também, a universidade de Ribeirão Preto. Os recursos são do governo de São Paulo, o orçamento é do governo de São Paulo, o esforço é de uma universidade de São Paulo. Portanto, são duas vacinas de São Paulo para o Brasil. É São Paulo contribuindo para salvar vidas.'

(Poe Eduardo Simões)

Escrito por Reuters

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