Equipe de Bolsonaro sonda Russomanno para Ministério das Cidades
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Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro fez uma sondagem para que o atual líder do PRB na Câmara, o deputado federal reeleito Celso Russomanno (SP), ocupe o cargo de ministro das Cidades, uma das pastas da Esplanada com maior orçamento e capilaridade de atuação nos Estados e municípios.
A sondagem foi confirmada pelo próprio Russomanno em entrevista por telefone à Reuters. O parlamentar admitiu que teve uma conversa com um integrante da equipe de transição sobre o cargo, mas que não falou com Bolsonaro.
'Prefiro ficar quieto até que se concretize ou não', disse ele, ao dizer que não sabe como essa sondagem 'vazou'. Ele ressaltou que a sondagem não significa que ele vá ocupar o cargo.
Russomanno, um dos principais parlamentares do PRB, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto e disse que só quem fala desse assunto é o presidente do partido, Marcos Pereira, que foi eleito deputado federal em outubro.
Procurado pela Reuters, Pereira disse que não foi procurado pelo governo eleito para tratar de uma eventual ida de Russomanno para o ministério.
Deputado federal eleito pela sexta vez, Russomanno declarou publicamente apoio a Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial. O deputado, que é jornalista, tem um programa de defesa de consumidor na TV Record, emissora de televisão cujo principal dono, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo, declarou voto no então presidenciável do PSL na reta final do primeiro turno da disputa ao Palácio do Planalto.
O PRB elegeu 30 deputados federais em outubro, aumentando em 9 o tamanho da atual bancada.
A estratégia da equipe de Bolsonaro de negociar cargos de ministros diretamente com parlamentares sem envolver direções partidárias têm causado desconforto em alguns políticos mais tradicionais.
A aposta do presidente eleito é buscar apoio de no Congresso por meio de frentes parlamentares ou de pessoas que contam com respaldo de entidades de classe, como nas escolhas do deputado Luiz Mandetta (DEM-MS), para a Saúde, e de Tereza Cristina (DEM-MS), para a Agricultura. O governo eleito faz questão de dizer que não são indicações partidárias para o primeiro escalão.
Escrito por Thomson Reuters
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