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Especialistas alertam para os riscos de alimentos ultraprocessados

Eles são comumente vendidos como se fossem saudáveis.

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Mulher comendo alimentos in natura (Foto: Shutterstock)

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Alguns alimentos vendidos como saudáveis, muitas vezes, não são. Eles, inclusive, podem fazer parte de uma categoria alimentar perigosa: a de utraprocessados. Alguns exemplos são barras de cereal, cereais matinais, sucos prontos, pães de forma, iogurtes (com exceção dos naturais), gelatina e peito de peru.

Essa categoria só passou a ser de fato considerada em 2014, com a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, e a adoção do sistema de classificação alimentar NOVA, elaborado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP).

Este sistema agrupa os alimentos em quatro tipos, definidos de acordo com a extensão e o propósito do processamento industrial utilizado na sua produção. São elas: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários, processados e ultra processados.

Maria Laura Louzada, pesquisadora do Nupens e professora do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que, antes disso, os alimentos eram divididos segundo seu perfil de nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a observar que a cada ano as famílias brasileiras estavam comprando menos açúcar refinado, sal e óleo. Apesar disso, a composição nutricional do que era colocado no prato apontava aumento na quantidade destes elementos, considerados, até então, os grandes vilões da saúde e os responsáveis pelo aumento da obesidade e das doenças crônico-degenerativas, como infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial.

"Constatamos que as pessoas estavam parando de preparar alimentos in natura e minimante processados e comprando mais os prontos para consumo", afirma Maria Laura.

Segundo a especialista, esses produtos, em especial os ultraprocessados, possuem mais calorias e mais sal, açúcar e gordura, além de vários aditivos alimentares ( como reguladores de acidez, estabilizantes, espessantes, antioxidantes, realçadores de sabor, aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e fermentos químicos), que favorecem o consumo exagerado e provocam efeitos negativos no corpo e na saúde.

"Esses alimentos, que, aliás, nem deveriam ser chamados de alimentos, mas sim de produtos comestíveis ultraprocessados, não contém nenhum nutriente, não saciam e ainda nos fazem querer comer cada vez mais", afirma Paula Johns, diretora executiva da organização ACT Promoção da Saúde.

Uma dica para evitar este tipo de produto é estar sempre de olho ao rótulo e à lista de ingredientes. Os principais indicativos são: número elevado de ingredientes (cinco ou mais), com nomes pouco familiares e que não são usados nas preparações culinárias, como gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados e xarope de frutose.

Entram nessa categoria muios itens: biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, cereais açucarados, bolos e misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos instantâneos, molhos, salgadinhos de pacote, refrescos e refrigerantes, bebidas lácteas e iogurte adoçados e aromatizados, energéticos, produtos congelados e prontos para aquecimento, extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos, pães de forma e pães para hambúrguer e cachorro quente.

Por isso o Guia Alimentar para a População Brasileira indica que se evite esses alimentos por conta da composição nutricional desbalanceada. A ingestão excessiva de calorias e o impacto que as formas de produção, distribuição, comercialização e consumo têm sobre a cultura, a vida social e o meio ambiente também são problemas causados pelos ultraprocessados.

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