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Estudo revela que meninas sofrem mais com redes sociais

Segundo especialista, é preciso estar atento à qualidade do sono, exercícios físicos e ao cyberbullying.

Placeholder - loading - Menina deitada na cama (Foto: Pixabay)
Menina deitada na cama (Foto: Pixabay)

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É comum que as pessoas culpem as mídias sociais por uma extensa lista de problemas de saúde mental, incluindo taxas crescentes de depressão e ansiedade entre os jovens. Mas os estudos sobre o tema são controversos. Uma pesquisa recente concluiu que o uso das redes sociais provavelmente não tem um impacto tão terrível na vida dos jovens assim como é alertado.

Um novo estudo publicado no Lancet Child & Adolescent Health sugere que a questão é ainda mais sutil. A mídia social está associada a problemas de saúde mental, mas apenas sob certas circunstâncias e apenas para certas pessoas, diz a pesquisa. Nas meninas, o uso frequente dessas plataformas parecia prejudicar mais a saúde – principalmente quando levava ao cyberbullying.

"A mensagem, na verdade, é que não é o uso de mídia social, por si só, que causa danos", diz a coautora Dasha Nicholls, que lidera a equipe de pesquisa em Saúde Mental para Crianças e Adolescentes do Imperial College London. "Trata-se de obter um equilíbrio entre o uso de mídia social e outras atividades apropriadas à idade e garantir que não haja coisas negativas específicas acontecendo online".

Pesquisadores analisaram dados rastreados de cerca de 10 mil adolescentes do Reino Unido. A partir de 2013, os adolescentes - com idades entre 13 e 14 anos - responderam a perguntas sobre a frequência do uso de mídias sociais e interação social, bem como seus perfis demográficos e de saúde. Nos anos seguintes, os mesmos adolescentes forneceram informações atualizadas sobre o uso de mídias sociais e responderam a outras perguntas sobre saúde mental, hábitos de sono, atividade física e sobre o cyberbullying.

Em 2013, apenas cerca de 43% dos adolescentes do estudo disseram que verificam regularmente as mídias sociais várias vezes por dia. Isso subiu para 59% no segundo ano e 68,5% no terceiro ano. Com o tempo, o uso frequente de mídias sociais foi associado à diminuição da saúde mental e bem-estar, medidas por respostas a questões sobre sofrimento psicológico, satisfação com a vida, felicidade e ansiedade. A mídia social parecia ter um impacto mais forte sobre as meninas, mas a relação também estava presente para os meninos.

A situação ficou mais complicada quando os pesquisadores examinaram quais usuários habituais de mídia social também relataram cyberbullying, falta de sono e falta de exercício, o que eles achavam que poderia ser responsável por grande parte do problema. Eles descobriram que esses três fatores quase poderiam prever se o uso frequente de mídias sociais prejudicaria o bem-estar de uma adolescente. Cyberbullying parece ser o mais prejudicial para as meninas, seguido por falta de sono e falta de exercício.

Nos meninos, no entanto, esses fatores explicam apenas 12% da relação entre mídia social e saúde mental precária. Especialistas apontam que as meninas tendem a ser mais suscetíveis que os meninos às condições de saúde mental, como depressão e ansiedade, independentemente do tempo de tela. As meninas também experimentam mais cyberbullying do que os meninos, e Nicholls diz que elas podem se afetar mais com determinados aspectos, incluindo comentários sobre a aparência e comparações negativas com outras pessoas.

O estudo, como a maioria sobre este tema, foi observacional. Mas, apesar disso, ele pode ajudar a orientar os adolescentes para estilos de vida mais saudáveis. Além disso, ele foi um dos primeiros a investigar maneiras específicas pelas quais as mídias sociais podem prejudicar a saúde mental ao longo do tempo.

“As principais mensagens para os jovens são: durma o suficiente; não perca o contato com seus amigos na vida real; e a atividade física é importante para o bem-estar da saúde mental ”, diz Nicholls. "Se você se cuida dessas formas, não precisa se preocupar com o impacto das mídias sociais."

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