Biden pede que norte-americanos honrem vítimas do 11 de Setembro rejeitando extremismo
Biden pede que norte-americanos honrem vítimas do 11 de Setembro rejeitando extremismo
Reuters
11/09/2023
Atualizada em 11/09/2023
Por Nandita Bose
ANCHORAGE (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta segunda-feira que os norte-americanos não sucumbam “à política envenenada de diferença e divisão” ao tentar recuperar o espírito de unidade nacional no 22º aniversário dos ataques de 11 de Setembro de 2001.
“Não deveríamos precisar de uma tragédia nacional para nos lembrar do poder da unidade nacional, mas é assim que realmente honramos aqueles que perdemos no 11 de Setembro”, disse Biden a cerca de 1.000 militares norte-americanos na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no Alaska.
Biden e sua esposa, Jill, além da vice-presidente, Kamala Harris, seu marido Doug Emhoff e comandantes militares dos EUA participaram de eventos separados para lembrar aqueles que morreram no 11 de Setembro e na subsequente guerra no Afeganistão.
Em 11 de setembro de 2001, militantes islâmicos tomaram o controle de três aviões comerciais e os jogaram contra as torres gêmeas do World Trade Center e o Pentágono, matando quase 3.000 pessoas. Um quarto avião caiu em uma área rural da Pensilvânia depois de os passageiros terem reagido aos sequestradores.
O evento em que Biden participou ocorreu no Alaska, porque ele retornava de uma viagem de cinco dias à Índia e ao Vietnã.
A decisão de realizar o evento no Alaska, em vez de Washington ou Nova York, não segue o padrão presidencial em relação às cerimônias referentes ao 11 de setembro.
Faltando 14 meses para a eleição de 2024, os comentários de Biden possuem uma mensagem política. Ele criticou o que chama de “onda crescente de ódio, extremismo e violência política nos EUA'.
Há cada vez mais evidências de que a nação esteja enfrentando o período de maior e mais sustentado crescimento da violência política desde a década de 1970.
“Não podemos sucumbir à política envenenada de diferença e divisão. Não podemos permitir nunca que sejamos separados por pequenos problemas fabricados”, afirmou Biden, relembrando sua amizade com John McCain, herói da guerra do Vietnã e ex-senador.
Kamala e outras autoridades se juntaram a famílias daqueles que morreram no memorial 11/9 em Nova York, localizado no exato lugar onde ficavam as torres gêmeas, que desabaram naquele dia.
“São 22 anos e eu ainda me sinto assim, como se tivesse sido ontem”, afirmou Sybil Ramsaran, cuja filha Sarah morreu nos ataques.
Também participou do evento o governador da Flórida, Ron DeSantis, candidato nas prévias republicanas para a eleição de 2024. Donald Trump, ex-presidente e líder da corrida republicana, publicou um vídeo dizendo que “nunca, nunca esqueceremos” as vítimas do 11 de Setembro.
Em Washington, comandantes militares realizaram seu evento anual no Pentágono, com a presença de Jill Biden. Em Shanksville, na Pensilvânia, local onde caiu o voo 93 da United Airlines, Emhoff participou de ato no memorial.
Os ataques fizeram o então presidente, George W. Bush, lançar a “guerra ao terror”, que incluiu uma ofensiva contra o Afeganistão para encontrar o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Ele escapou das tentativas de capturá-lo até que foi morto em seu complexo no Paquistão em 2011, em ação ordenada pelo então presidente, Barack Obama.
O 11 de Setembro foi o pior ataque em solo norte-americano desde a ofensiva japonesa contra Pearl Harbor, no Havaí, que deixou 2.400 mortos.
(Reportagem de Nandita Bose, Jeff Mason e Steve Holland)
Reuters

