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EXCLUSIVO-Acordo de paz com Colômbia não deve ocorrer antes do fim do mandato de Petro, diz líder rebelde do EMC

Placeholder - loading - Alexander Díaz Mendoza durante entrevista à Reuters em San José del Guaviare  8/3/2024     REUTERS/Luisa Gonzalez
Alexander Díaz Mendoza durante entrevista à Reuters em San José del Guaviare 8/3/2024 REUTERS/Luisa Gonzalez

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Por Luis Jaime Acosta

SAN JOSÉ DEL GUAVIARE (Reuters) - Será difícil para o grupo armado Estado Mayor Central (EMC) assinar um acordo de paz com o governo colombiano antes que o presidente Gustavo Petro termine seu mandato em 2026, apesar da confiança entre os dois lados, disse um importante líder do EMC à Reuters à margem das negociações de paz.

O EMC - fundado por ex-membros dos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitam o acordo de paz de 2016 assinado por esse grupo - iniciou suas próprias negociações com o governo de Petro no ano passado, em uma tentativa de encerrar sua participação nos 60 anos de guerra da Colômbia.

'Uma assinatura como tal levará muito tempo', disse Alexander Díaz Mendoza, o segundo no comando do EMC, mais conhecido por seu nome de guerra Calarcá Córdoba, em uma entrevista na semana passada em San José de Guaviare, a capital da província onde os dois lados estão se reunindo.

'Eu diria que não', afirmou Calarcá quando perguntado se seria possível assinar um acordo durante o governo de Petro - um político de esquerda e ex-membro de um grupo rebelde cuja principal promessa de campanha era negociar acordos de paz ou rendição com grupos armados.

Os comentários de Calarcá são os mais recentes a jogar água fria nas esperanças de Petro de pôr fim ao conflito colombiano - que já matou pelo menos 450.000 pessoas - e transformar a Colômbia em um país voltado para turismo, energia renovável e igualdade social.

Embora o fim do conflito deva ser negociado, ele precisaria do apoio de uma sociedade civil colombiana mais ampla para ser bem-sucedido, acrescentou Calarcá. Enquanto isso, as armas continuam sendo a alavanca para garantir o diálogo, disse ele.

O governo de Petro também está mantendo conversações com os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) e está em diálogo inicial com a Segunda Marquetalia, um grupo fundado por ex-integrantes das Farc que primeiro aceitaram o acordo de 2016 e depois voltaram às armas.

EMC, ELN, Segunda Marqutalia e grupos armados como o Clan del Golfo frequentemente lutam entre si pelo controle de fluxos de renda ilícitos, como o tráfico de drogas e a mineração ilegal. A violência em muitas partes da Colômbia continuou apesar de cessar-fogo bilateral em andamento do governo com o EMC e o ELN.

Calarcá descartou a possibilidade de um cessar-fogo multilateral entre o EMC e outros grupos, conforme proposto recentemente pelo governo.

'Não consigo imaginar como o presidente Petro poderia entrelaçar todos os processos (de paz). Vemos um grande desafio porque esses grupos estão em territórios onde nós também estamos', disse Calarcá, vestido com roupas civis, no hotel onde está hospedado durante as negociações.

'Não faremos um cessar-fogo multilateral', declarou ele, rejeitando especificamente tal ação com o que ele chamou de 'grupos paramilitares'.

O cessar-fogo do EMC com o governo deve durar até julho.

O grupo tem cerca de 3.500 membros, incluindo cerca de 2.200 combatentes, e também concordou nas negociações em suspender os sequestros, um método usado por alguns dos grupos guerrilheiros da Colômbia para arrecadar dinheiro.

Escrito por Reuters

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