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Exportação de carne bovina do Brasil cresce 4% no ano com ajuda dos EUA, diz Abrafrigo

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Unidade produtiva da Marfrig em Promissão (SP), Brasil

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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de carne bovina do Brasil somou 2,25 milhões de toneladas de janeiro a novembro, crescimento de 4% ante o mesmo período do ano passado, com impulso de compras dos Estados Unidos que compensaram menores embarques para a China, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

O crescimento nos embarques para os EUA de cerca de 118 mil toneladas, no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano passado, é maior do que o aumento de 94,6 mil toneladas das exportações totais brasileiras da carne em 2023 até novembro.

Os EUA, maiores produtores globais de carne bovina, enfrentam um ciclo de oferta de gado mais baixa, o que tem elevado os custos para empresas e consumidores, abrindo um espaço maior para o Brasil, que é sede de gigantes como JBS e Marfrig que têm operações importantes no território no norte-americano.

'Devido aos altos preços domésticos (nos EUA), os americanos têm se voltado um pouco mais às importações', disse a CEO da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, à Reuters.

'Sem dúvida, a baixa oferta nos EUA e os preços elevados (nos EUA) têm estimulado as exportações brasileiras', acrescentou o presidente-executivo da Abrafrigo, Paulo Mustefaga.

No mercado global de exportação, por outro lado, os preços estão mais baixos em relação ao ano passado, o que tem impactado a receita com as exportações do Brasil, maior exportador mundial de carne bovina.

No acumulado do ano até novembro, as exportações brasileiras de carne bovina somaram 9,75 bilhões de dólares, queda 20%, segundo dados do governo compilados pela Abrafrigo.

Os preços médios da carne exportada pelo Brasil caíram para 4.329 dólares a tonelada em 2023, versus 5.670 dólares/tonelada no ano passado, segundo a Abrafrigo.

Já o preço da arroba bovina no Brasil está mais baixo, uma vez que o país atravessa um ciclo de maior oferta de animais para abate, beneficiando os frigoríficos. Em São Paulo, a cotação média é 243 reais/arroba, versus quase 300 reais na mesma época do ano passado, segundo dados do centro de estudos Cepea, da Esalq/USP.

OUTROS DESTINOS

A China continua a ser o principal cliente do Brasil na exportação de carne bovina, mas comprou 7,5% a menos do que em 2022 até novembro, pagando preços que caíram de 6.510 dólares no ano passado para 4.790 dólares por tonelada em 2023, com redução de 26,4% na receita acumulada até agora.

A participação chinesa no total exportado caiu de 53,2% no ano passado para 48,4% em 2023, disse a associação.

Já os EUA se consolidaram como o segundo maior cliente do país neste ano.

Em 2023, a exportação para os norte-americanos cresceu 68,2%, para 291.060 toneladas, mas os preços não acompanharam o salto nos volumes, limitando o avanço na receita para 944,6 milhões de dólares, alta de aproximadamente 40 milhões de dólares, segundo os dados apresentados pela Abrafrigo.

Chile, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos aparecem entre os maiores compradores de carne bovina do Brasil, após China e Estados Unidos.

(Por Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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