Família de polonês morto deveria receber indenização de Israel, diz Polônia
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VARSÓVIA (Reuters) - Israel deveria pedir desculpas e pagar uma indenização para a família de um polonês que foi morto com outros vários trabalhadores que faziam ajuda humanitária na Faixa de Gaza, afirmaram nesta quinta-feira o primeiro-ministro e o presidente da Polônia.
Cidadãos de Austrália, Reino Unido e Polônia estão entre os sete mortos que trabalhavam para a World Central Kitchen, do renomado chef José Andrés, durante um bombardeio israelense no centro da Faixa de Gaza, na segunda-feira, de acordo com a organização não-governamental.
Damian Sobol, de 35 anos, era um trabalhador de ajuda humanitária que vivia na cidade de Przemysl, no sudeste polonês, de acordo com o prefeito local, Wojciech Bakun.
“Esperamos... uma explicação imediata das circunstâncias e indenização para os parentes das vítimas”, disse o primeiro-ministro, Donald Tusk, em coletiva de imprensa.
O presidente, Andrzej Duda, juntou-se ao premiê no apelo por um pedido de desculpas, uma indenização e uma investigação por parte de Israel, além de ter criticado o embaixador israelense na Polônia pelos seus comentários após o incidente.
O embaixador, Yacov Livne, afirmou em postagem na plataforma X na terça-feira que a 'extrema-direita e a extrema-esquerda” na Polônia estão acusando Israel de homicídio doloso, acrescentando que “antissemitas sempre serão antissemitas”.
Israel ficou sem embaixador na Polônia por meses no governo anterior, por causa de uma disputa acerca de viagens educativas sobre o Holocausto para estudantes israelenses com destino à Polônia.
(Reportagem de Alan Charlish, Pawel Florkiewicz, Anna Włodarczak-Semczuk e Karol Badohal)
Escrito por Reuters
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