Farmacêutica inicia teste de remédio contra artrite reumatoide em pacientes com Covid-19
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Por Carl O'Donnell
(Reuters) - A Eli Lilly and Co disse nesta segunda-feira que está iniciando um teste com seu remédio contra artrite reumatoide baricitinib em pacientes hospitalizados com Covid-19.
O teste é um de vários esforços da empresa farmacêutica norte-americana para ajudar a combater a pandemia de coronavírus, que já matou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, de acordo com uma contagem da Reuters.
O remédio está sendo testado para se saber se ele diminui as mortes por Covid-19 e atenua sua severidade. Cientistas da Lilly acreditam que o baricitinib pode ajudar a suprimir uma reação imunológica potencialmente letal à Covid-19 chamada 'tempestade de citocina' e reduzir a capacidade da doença de se reproduzir em células infectadas.
O teste começou a administrar o medicamento a pacientes na semana passada, e planeja recrutar cerca de 400 pacientes ao redor do globo. Existe a possibilidade de a Lilly obter uma aprovação regulatória para o remédio nos Estados Unidos já em agosto, disse Patrik Jonsson, o presidente da Lilly Bio-Medicines, à Reuters em uma entrevista.
A farmacêutica também está trabalhando com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA para estudar o baricitinib, vendido com o nome Olumiant, em parceria com o remdesivir, um remédio antiviral da Gilead Sciences Inc. Este estudo começou a recrutar pacientes no mês passado.
A Agência de Alimentos e Remédios dos EUA permitiu o uso emergencial do remdesivir no mês passado, citando resultados de um estudo do governo que mostrou que o medicamento diminuiu as internações hospitalares em 31%, ou cerca de quatro dias, quando comparada com um placebo.
A Lilly pode receber aprovação para usar o baricitinib combinado com o remdesivir até julho, segundo Jonsson.
Separadamente, a Lilly poderia ter um remédio concebido especificamente para tratar Covid-19 autorizado já em setembro se tudo correr bem com uma das duas terapias de anticorpos que está testando, disse seu cientista-chefe à Reuters na semana passada.
Escrito por Reuters
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