Forças israelenses matam 18 palestinos em onda de violência na Cisjordânia

Por Ali Sawafta

RAMALLAH (Reuters) - Forças israelenses entraram na cidade palestina de Jenin, nesta quinta-feira, e travaram uma batalha de horas com homens armados, na qual 14 pessoas foram mortas, em um dos confrontos mais pesados na Cisjordânia ocupada em meses.

Mais quatro palestinos foram mortos por soldados israelenses em incidentes separados na Cisjordânia, disse o Ministério da Saúde palestino, um aumento na violência tendo como pano de fundo a guerra de Israel contra o Hamas na vizinha Faixa de Gaza.

Testemunhas disseram que tiros soaram durante horas enquanto as tropas israelenses lutavam contra militantes bem armados nas ruas de Jenin e no campo de refugiados adjacente, que é base para centenas de homens fortemente armados.

As Forças Armadas de Israel disseram ter conduzido operações antiterroristas na cidade e usado um drone para atacar um grupo de militantes armados. Os militares acrescentaram que prenderam 20 suspeitos na operação e apreenderam armas e munições.

Entre os mortos estava um menino de 15 anos, disse o Ministério da Saúde palestino.

Os confrontos também ocorreram em outras partes da Cisjordânia, com mortes reportadas perto de Belém, Nablus e Hebron, assim como nos arredores de Ramallah, a principal cidade do território.

Pelo menos 178 palestinos foram mortos na Cisjordânia desde o ataque de 7 de outubro contra Israel por homens armados do movimento islâmico Hamas. Israel desencadeou o seu ataque a Gaza em resposta ao ataque em que homens armados mataram 1.400 pessoas, a maioria civis, e fizeram cerca de 240 reféns, segundo dados israelenses.

Autoridades palestinas disseram que 10.812 moradores de Gaza foram mortos até quinta-feira, cerca de 40% deles crianças, em ataques aéreos e de artilharia, enquanto os suprimentos básicos se esgotam e as áreas foram devastadas pelos implacáveis bombardeios israelenses.

(Reportagem de Ali Sawafta, em Ramallah, e Clauda Tanios, em Dubai)