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Forças sudanesas se enfrentam em Cartum após fracasso de negociações

Placeholder - loading - Fumaça sobe acima de edifícios após um bombardeio aéreo, durante confrontos entre as Forças de Apoio Rápido paramilitares e o exército em Cartum Norte, Sudão 01/05/2023 REUTERS/Mohamed Nureldin Abdall
Fumaça sobe acima de edifícios após um bombardeio aéreo, durante confrontos entre as Forças de Apoio Rápido paramilitares e o exército em Cartum Norte, Sudão 01/05/2023 REUTERS/Mohamed Nureldin Abdall

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CARTUM (Reuters) - As partes em guerra do Sudão se enfrentaram na capital durante a noite e na manhã desta sexta-feira depois que as negociações destinadas a manter um cessar-fogo e aliviar uma crise humanitária fracassaram, levando os Estados Unidos a emitirem sanções.

Moradores de Cartum e da vizinha Omdurman disseram que o Exército retomou os ataques aéreos e está usando mais artilharia à medida que os confrontos continuam, mas sem nenhum sinal de que seu inimigo paramilitar esteja se retirando das ruas da cidade e das casas que ocupou.

'Estamos sofrendo muito com esta guerra. Desde esta manhã tem havido barulho de violência. Estamos vivendo em terror. É um verdadeiro pesadelo', disse Shehab al-Din Abdalrahman, de 31 anos, em um bairro do sul da capital.

Sete semanas de guerra entre o Exército e as Forças de Apoio Rápido destruíram partes do centro de Cartum, ameaçaram desestabilizar a região mais ampla, deslocaram 1,2 milhão de pessoas dentro do Sudão e enviaram outras 400.000 para países vizinhos.

Estados Unidos e Arábia Saudita suspenderam na quinta-feira as negociações de trégua depois que um cessar-fogo mediado por eles desmoronou, acusando os lados de ocupar casas, empresas e hospitais, realizar ataques e executar movimentos militares proibidos.

Washington impôs sanções a empresas pertencentes ao Exército e à RSF e ameaçou novas ações 'se as partes continuarem a destruir seu país', de acordo com uma autoridade graduada dos EUA.

O embaixador do Sudão em Washington, Mohamed Abdallah Idris, disse que o governo e o Exército continuam totalmente comprometidos com o pacto de trégua e que quaisquer penalidades devem ser 'impostas ao lado que não cumpriu o que assinou' -- uma referência ao grupo RSF.

Os dois lados culpam um ao outro por violações da trégua.

Desde a derrubada do governante de longa data Omar al-Bashir em 2019, o governo do Sudão é chefiado por um conselho soberano sob o comando do chefe do Exército Abdel-Fattah al-Burhan, com o chefe da RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, como seu vice.

Depois que eles entraram em guerra em 15 de abril, Burhan disse que demitiu Hemdti do conselho, e os departamentos do governo permaneceram alinhados com o Exército.

Fora de Cartum, os piores combates ocorreram na região de Darfur, onde uma guerra civil ferve desde 2003, matando cerca de 300.000 pessoas.

Os esforços de trégua visavam entregar ajuda humanitária a civis presos em uma guerra que desativou redes de energia e água, arruinou hospitais e dificultou o abastecimento de alimentos em uma nação já faminta.

O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e a agência de refugiados, Acnur, disseram que os saques contínuos estão atrapalhando seus esforços para ajudar os sudaneses, pedindo a todas as partes que respeitem o trabalho humanitário.

O PMA afirmou ter registrado perdas de mais de 60 milhões de dólares desde o início dos combates. O Acnur disse que dois de seus escritórios em Cartum foram saqueados e seu depósito em El Obeid foi atingido na quinta-feira.

(Reportagem de Nafisa Eltahir no Cairo e Khalid Abdelaziz em Dubai)

Escrito por Reuters

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