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Governo federal prepara presença permanente em Terra Yanomami com investimento de R$1,2 bi

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz reunião com ministros em Brasília sobre a crise humantária dos yanomami 09/01/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz reunião com ministros em Brasília sobre a crise humantária dos yanomami 09/01/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal irá implementar uma nova fase de proteção do Território Yanomami, que contará com presença permanente e investimento de 1,2 bilhão de reais em 2024, anunciou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta terça-feira.

A ideia, explicou o ministro, é criar uma estrutura local, chamado Casa de Governo, que concentrará todos os órgãos federais envolvidos na proteção, segurança e ações estruturantes da região, para gerenciar presencialmente a nova fase de medidas definitivas e evitar eventuais invasões de terra.

A nova estratégia representa um avanço em relação às medidas emergenciais adotadas há cerca de um ano, quando veio à tona a crise humanitária do povo indígena, acrescentou.

'Nós saímos de um ano com um conjunto de ações emergenciais para um 2024 de implementação de ações permanentes e estruturantes naquela região. Essa é a mudança de página que estamos fazendo a partir dessa reunião', disse o ministro da Casa Civil após reunião nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que contou com a presença de mais doze ministros, além de dirigentes de órgãos governamentais relacionados à proteção do território indígena.

'Junto com o Ministério da Defesa e a Polícia Federal, iremos estruturar a ocupação das Forças Armadas e da PF na região. Não de forma provisória, ou ação emergencial, mas com presença definitiva para retirar invasores. Isso, inclusive, na área de controle do território e de segurança pública', destacou.

Em janeiro do ano passado, logo após Lula tomar posse, imagens chocantes de crianças e adultos yanomami em situação de grave inanição chamaram a atenção para a crise humanitária que assolou o território indígena.

A crise levou o governo a adotar medidas emergenciais para expulsar garimpeiros ilegais da região, declarar emergência de saúde para os yanomami e colocar em prática uma força-tarefa envolvendo militares, policiais, órgãos de proteção do meio ambiente e dos povos indígenas para retirar os invasores.

Segundo o ministro da Casa Civil, foram realizadas mais de 400 operações, que resultaram na apreensão de mais de 600 milhões de reais em patrimônio e recursos financeiros de grupos ilegais.

A Casa de Governo contará com a participação de órgãos como Funai, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal, Abin, Polícia Rodoviária Federal e Ibama, além do Ministério dos Direitos Humanos e do Ministério da Educação, entre outros.

O presidente Lula assumiu seu terceiro mandato disposto a conferir especial atenção à proteção do meio ambiente e dos povos indígenas. Tanto é que uma de suas primeiras atitudes ao assumir o cargo foi determinar a criação do Ministério dos Povos Indígenas.

Na reunião desta terça-feira, Lula afirmou que o encontro serviria para 'definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, do vandalismo, da garimpagem e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono e não podem ser utilizadas'.

'Vamos tratar a questão indígena e a questão dos Yanomami como uma questão de Estado', acrescentou.

O garimpo é um problema antigo na região. Quando a reserva foi demarcada e reconhecida pelo governo em 1992, as autoridades montaram uma operação para expulsar milhares de garimpeiros. Eles voltaram à área, no entanto, em números expressivos sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia a mineração em terras indígenas e cujo governo fechou os olhos para invasões de reservas por garimpeiros e madeireiros ilegais.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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