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Hamas e Jihad Islâmica rejeitam deixar governo de Gaza em troca de cessar-fogo permanente, dizem fontes egípcias

Placeholder - loading - Fumaça em Gaza é vista do sul de Israel 25/12/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
Fumaça em Gaza é vista do sul de Israel 25/12/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura

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Por Ahmed Mohamed Hassan e Nidal al-Mughrabi

CAIRO (Reuters) - O Hamas e seus aliados da Jihad Islâmica rejeitaram uma proposta do Egito de abrir mão do poder na Faixa de Gaza em troca de um cessar-fogo permanente, disseram à Reuters nesta segunda-feira duas fontes de segurança egípcias.

Duas autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica negaram o que as fontes disseram sobre as negociações. Izzat al-Rishq, membro do gabinete político do Hamas, acrescentou: “Não pode haver negociações sem a parada completa das agressões”.

“A liderança do Hamas visa, com todas as suas forças, o fim da agressão e dos massacres contra o nosso povo de forma completa, não temporária”, disse, referindo-se aos mais de 20 mil palestinos mortos durante as 11 semanas de guerra com Israel.

Uma autoridade da Jihad Islâmica que não quis se identificar e que é próxima às conversas com o Cairo confirmou a negativa de Izzat al-Rishq.

Fontes egípcias afirmaram que os dois grupos, que realizam negociações com mediadores do Egito no Cairo, rejeitaram oferecer quaisquer concessões além da possível soltura dos reféns tomados no dia 7 de outubro, quando militantes invadiram o sul de Israel e mataram 1.200 pessoas.

O Egito propôs uma 'visão' em vez de um plano concreto, também apoiado por mediadores do Catar, que implicaria um cessar-fogo em troca da libertação de mais reféns e conduziria a um acordo mais amplo que envolveria um cessar-fogo permanente, juntamente com uma revisão da liderança em Gaza, que é atualmente conduzida pelo Hamas.

O Egito propôs eleições e garantias de que o Hamas e seus membros não seriam perseguidos ou acusados formalmente, mas o grupo rejeitou outra concessão além da libertação de reféns, segundo as fontes. Acredita-se que mais de 100 reféns ainda estejam na Faixa de Gaza.

Uma autoridade do Hamas que visitou recentemente o Cairo se negou a comentar diretamente sobre as ofertas específicas de realizar mais tréguas humanitárias temporárias, e indicou a rejeição do grupo: “Também dissemos (às autoridades egípcias) que a ajuda para nosso povo tem que continuar entrando, aumentar e chegar a toda a população no norte e no sul”.

“Após as agressões pararem e as ajudas aumentaram, estaremos prontos para discutir a troca de prisioneiros”, afirmou.

A Jihad Islâmica, que também mantém reféns na Faixa de Gaza, concordou. Uma delegação do grupo, liderada pelo seu líder Ziad al-Nakhala, está atualmente no Cairo para conversar com autoridades egípcias sobre a troca de prisioneiros e outros assuntos, mas uma autoridade afirmou que o fim da ofensiva israelense é uma precondição para as negociações.

Antes da guerra, havia 5.250 palestinos em prisões israelenses, mas o número já subiu para cerca de 10 mil, depois que Israel prendeu milhares de pessoas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, de acordo com a Associação dos Presos Palestinos.

Durante a madrugada, a Faixa de Gaza foi palco de uma das mais mortíferas noites da guerra, que já dura 11 semanas. Autoridades de Saúde palestinas afirmaram que pelo menos 70 pessoas morreram em um bombardeio israelense no centro do enclave.

(Reportagem de Ahmed Mohamed Hassan e Nidal al-Mughrabi)

Escrito por Reuters

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