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Hezbollah e Israel sugerem não ter a intenção de expandir a guerra em Gaza

Placeholder - loading - Manifestantes seguram celulares no ar durante protesto para condenar o assassinato do vice-líder do grupo islâmico palestino Hamas, Saleh al-Arouri,  em Amã, Jordânia 03/01/2024 REUTERS/Alaa Al Sukhni
Manifestantes seguram celulares no ar durante protesto para condenar o assassinato do vice-líder do grupo islâmico palestino Hamas, Saleh al-Arouri, em Amã, Jordânia 03/01/2024 REUTERS/Alaa Al Sukhni

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Por Mohammad Azakir e Nidal al-Mughrabi e Arafat Barbakh

BEIRUTE/CAIRO/GAZA (Reuters) - O Hezbollah no Líbano e o Exército israelense fizeram declarações sugerindo que os dois inimigos declarados querem evitar o risco de uma propagação da guerra para além da Faixa de Gaza, após ataque de drone matar um vice-líder palestino do Hamas em Beirute.

Em discurso em Beirute nesta quarta-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu que a sua poderosa milícia xiita apoiada pelo Irã não pode ficar em silêncio após o assassinato da autoridade do Hamas, Saleh al-Arouri, na terça-feira.

Nasrallah disse que as suas forças fortemente armadas lutariam até ao fim caso os israelenses decidissem estender a guerra ao Líbano, mas não fez ameaças concretas de agir contra Israel em apoio ao Hamas, aliado do Hezbollah também apoiado pelo Irã.

Israel não confirmou nem negou o assassinato de Arouri, mas prometeu aniquilar o Hamas, que governa Gaza, após o ataque transfronteiriço do grupo em 7 de outubro no qual autoridades israelenses afirmam que 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 240 raptadas.

Questionado sobre o que Israel estava fazendo para se preparar para uma potencial resposta do Hezbollah, o porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse: 'Não responderei ao que você acabou de mencionar. Estamos focados na luta contra o Hamas'.

Ao comentar o discurso de Nasrallah, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou que 'não vimos o Hezbollah saltar com os dois pés para apoiar e ajudar o Hamas.'

Sob condição de anonimato, uma outra autoridade dos Estados Unidos sugeriu que nem o Hezbollah nem Israel queriam uma guerra.

'De tudo o que podemos dizer, não há um desejo claro de que o Hezbollah entre em guerra com Israel e vice-versa', disse a autoridade a jornalistas.

A morte de Arouri foi mais um sinal do potencial que a guerra de quase três meses tem de se espalhar para além de Gaza, atraindo a Cisjordânia ocupada por Israel, as forças do Hezbollah na fronteira Líbano-Israel e as rotas marítimas do Mar Vermelho.

Arouri, de 57 anos, que vivia em Beirute, foi o primeiro líder político do Hamas a ser assassinado fora dos territórios palestinos desde o início da ofensiva de Israel contra o grupo islâmico palestino após o ataque de 7 de outubro.

O Hezbollah está envolvido em confrontos quase diários com Israel através da fronteira sul do Líbano desde o início da guerra em Gaza. Nesta quarta-feira, uma autoridade local do Hezbollah e três outros membros foram mortos em ataque israelense ao sul do Líbano, disseram duas fontes de segurança à Reuters.

A morte de Arouri remove um grande nome da lista dos principais inimigos islâmicos mais procurados de Israel e pode levar os líderes exilados do Hamas a continuar na clandestinidade, dificultando os esforços de negociação para novos cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns.

CAMPO DE REFUGIADOS SOB FOGO

As forças israelenses continuaram os seus ataques aéreos e terrestres contra os militantes do Hamas em Gaza.

O número total registrado de mortos palestinos na ofensiva de Israel atingiu 22.313 até esta quarta-feira – quase 1% de sua população de 2,3 milhões de habitantes, disse o Ministério da Saúde de Gaza.

Os bombardeios israelenses arrasaram grande parte do enclave densamente povoado, causando um desastre humanitário. A maioria dos habitantes de Gaza ficou desabrigada, amontoada em áreas cada vez menores, na esperança de um abrigo rudimentar, e com escassez de alimentos.

Em seu briefing diário nesta quarta-feira, os Exército de Israel disse que 'batalhas intensas' com militantes continuaram na principal cidade de Khan Younis, no sul de Gaza.

Aviões israelenses lançaram panfletos sobre Al-Nusseirat ordenando às pessoas que abandonassem distritos.

Aviões de guerra e tanques israelenses também intensificaram ataques ao campo de refugiados de Al-Bureij, no centro de Gaza. Moradores relataram que tanques que avançaram do leste e do norte cercaram duas escolas e soldados fizeram várias pessoas que se abrigavam lá dentro de prisioneiras. Eles também disseram estar preocupados com os atiradores de elite nos telhados.

Em Rafah, perto da fronteira sul de Gaza com o Egito, médicos afirmaram que um ataque com mísseis israelenses contra uma casa matou três pessoas. O Ministério da Saúde de Gaza também afirmou que um ataque aéreo israelense matou e feriu dezenas de pessoas no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.

O Exército de Israel diz que tenta evitar danos aos civis e culpa o Hamas por incorporar combatentes em áreas residenciais, acusação que o grupo nega.

Os militares israelenses disseram que o número de soldados mortos desde a primeira incursão terrestre em 20 de outubro chegou a 177.

(Reportagem de Mohammad Azakir em Beirute, Nidal al-Mughrabi no Cairo, Arafat Barbakh em Gaza, Maayan Lubell na fronteira Israel-Gaza, Dan Williams e Emily Rose em Jerusalém e Trevor Hunnicutt e Jonathan Landay em Washington)

Escrito por Reuters

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