Ibovespa renova recorde com apoio de Vale e Petrobras em dia cheio de balanços e com decisão de juros
Ibovespa renova recorde com apoio de Vale e Petrobras em dia cheio de balanços e com decisão de juros
Reuters
05/11/2025
Atualizada em 05/11/2025
SÃO PAULO (Reuters) -O Ibovespa abandonou a fraqueza da abertura e renovou máxima nesta quarta-feira, trabalhando acima dos 152 mil pontos pela primeira vez na história, apoiado pelas blue chips Vale e Petrobras, enquanto investidores repercutem notícias corporativas à espera da decisão de juros do Banco Central.
Por volta de 12h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,92%, a 152.094,53 pontos, tendo alcançado 152.210,43 pontos na máxima até o momento, após ter recuado a 150.296,28 pontos na mínima mais cedo.
O volume financeiro no pregão somava R$6,84 bilhões.
De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e vai renovando máximas históricas.
'Acima dos 151.000 pode buscar projeções nos 152.400 ou 157.000 por Fibonacci', afirmou em relatório enviado a clientes mais cedo. 'Teria sinal de realização numa perda dos 149.700, mirando suportes em 145.000 ou 140.000', acrescentou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga sua decisão após o fechamento do mercado, que trabalha com manutenção da Selic em 15% ao ano e aguarda o comunicado em busca de sinais sobre os próximos passos.
'Investidores devem prestar muita atenção a qualquer possível mudança no tom do comunicado, já que a sinalização futura continua restritiva e precisará ser ajustada para uma postura mais neutra até o fim do ano, caso o BC pretenda iniciar cortes no início do próximo ano', afirmou a equipe do Citi.
DESTAQUES
- VALE ON subia 1,15%, descolada dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 0,26%, para 776 iuanes (US$108,94) a tonelada.
- PETROBRAS PN avançava 1,36%, também na contramão do declínio do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent sendo negociado em queda de 0,34%, a US$64,22.
- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,33%, na contramão do setor no Ibovespa, após reportar lucro líquido de R$11,9 bilhão no terceiro trimestre. O CEO disse que o banco está confortável com o nível de rentabilidade, que fechou o trimestre em 23,3%, mas, do ponto de vista macro, vê mais incerteza em 2026.
- BRADESCO PN valorizava-se 1,52% e BTG PACTUAL UNIT tinha elevação de 1,9%, enquanto BANCO DO BRASIL ON subia 0,76% e SANTANDER BRASIL UNIT mostrava acréscimo de 1,01%.
- C&A MODAS ON saltava 8,2%, tendo como pano de fundo o lucro líquido de R$69,5 milhões no terceiro trimestre, 62,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado e acima das previsões de analistas.
- GPA ON subia 4,49%, revertendo a queda do começo do pregão, em meio à repercussão do balanço do terceiro trimestre, com lucro líquido de R$137 milhões bem como plano para cortar custos, despesas e investimentos no ano que vem. Na mínima mais cedo, a ação caiu mais de 3%.
- PRIO ON avançava 1,14%, após divulgar seu resultado para o terceiro trimestre, com lucro líquido de US$64 milhões e Ebitda de US$335 milhões. No setor, BRAVA ENERGIA ON, que apresenta o balanço após o fechamento, subia 1,2%. PETRORECONCAVO ON mostrava estabilidade.
- CSN ON recuava 3,72%, mesmo após resultado operacional medido pelo Ebitda de R$3,3 bilhões, ligeiramente acima de previsões no mercado. CSN MINERAÇÃO ON perdia 2,35%, tendo também o balanço divulgado na véspera no radar, com lucro líquido de R$696 milhões.
- USIMINAS PNA caía 2%, revertendo a alta da abertura, quando chegou a avançar 3,6%. A companhia divulgou que Nippon Steel e Mitsubishi Corporation venderam para a Ternium Investments toda sua participação na siderúrgica brasileira.
- KEPLER WEBER ON, que não faz parte do Ibovespa, disparava 6,7%, após divulgar que a A-AG Holdco, atuando como Grain & Protein Technologies (GPT), apresentou proposta não vinculante para combinação de negócios com a companhia.
Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em
Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em
(Por Paula Arend LaierEdição Alberto Alerigi Jr. e Pedro Fonseca)
Reuters

