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Impasse com EUA por votação na ONU aumenta pressão sobre coalizão de Netanyahu

Placeholder - loading - Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu 18/02/2024 REUTERS/Ronen Zvulun
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu 18/02/2024 REUTERS/Ronen Zvulun

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JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrentou tensões crescentes em sua coalizão nesta terça-feira, depois que um impasse com os Estados Unidos piorou as divergências internas sobre a proposta de recrutamento de judeus ultraortodoxos para as Forças Armadas.

A imprensa israelense informou que uma reunião do gabinete para discutir as mudanças planejadas na lei de recrutamento havia sido cancelada, faltando apenas alguns dias para o governo apresentar as propostas à Suprema Corte. Questionado sobre as reportagens, um assessor de Netanyahu disse que um encontro do gabinete ainda não havia sido agendado.

O adiamento ocorreu um dia após o rompimento das relações de Netanyahu com o presidente dos EUA, Joe Biden, devido à decisão de Washington de não vetar uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por um cessar-fogo imediato em Gaza.

Em meio à crescente pressão internacional para o fim dos combates e dos planos israelenses de lançar um ataque terrestre à cidade de Rafah, no sul de Gaza, Netanyahu cancelou uma visita programada a Washington por dois de seus assessores mais graduados, que deveriam ouvir as ideias dos EUA sobre alternativas operacionais.

A demonstração aberta de desafio ao mais forte aliado de Israel foi bem recebida por seus parceiros de coalizão religiosos e nacionalistas, mas implicitamente criticada pelo ex-ministro da Defesa Benny Gantz, que se juntou ao gabinete de guerra no ano passado e que disse que a delegação deveria ir a Washington.

Apesar da queda nos índices de aprovação do próprio Netanyahu, as pesquisas indicam que a população israelense apoia amplamente a determinação do governo de desmantelar o Hamas como uma força militar em Gaza, o que lhe dá uma motivação para se manter firme contra Washington. Entretanto, as divisões ressaltaram a crescente pressão sobre o governo em nível internacional.

O jornal conservador Israel Hayom, normalmente favorável a Netanyahu, apoiou a decisão de não enviar a delegação, mas disse que o apoio público de Biden era o que Israel mais precisava em um momento em que 'a legitimidade de suas ações está se desintegrando a uma velocidade assustadora'.

A posição de Netanyahu continua dependente da manutenção de sua coalizão com partidos nacionalistas religiosos de extrema-direita, que se opõem resolutamente a qualquer trégua na guerra ou a qualquer concessão às exigências internacionais de um acordo político de base ampla com os palestinos.

Mas a lei de alistamento, que poderia remover as isenções que impedem os judeus ultraortodoxos de servir nas Forças Armadas, está se tornando um obstáculo significativo, destacando uma divisão de longa data entre israelenses seculares e religiosos.

As propostas acirraram as divisões entre os aliados do ministro da Defesa, Yoav Gallant, que tem pressionado pela ampliação das leis de recrutamento, e os partidos ultraortodoxos da coalizão, que querem que as isenções permaneçam.

(Por James Mackenzie)

Escrito por Reuters

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