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CORREÇÃO-Inexperiência de autoridades de Trump pode causar desastre no estilo Katrina, diz agência

CORREÇÃO-Inexperiência de autoridades de Trump pode causar desastre no estilo Katrina, diz agência

Reuters

25/08/2025

Placeholder - loading - David Richardson, diretor interino da Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA, testemunha perante o Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara em Washington, EUA 23/07/2025 REUTERS/Jonat
David Richardson, diretor interino da Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA, testemunha perante o Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara em Washington, EUA 23/07/2025 REUTERS/Jonat

Atualizada em  25/08/2025

(Corrige o 1º parágrafo para dizer 'quase três dúzias de servidores atuais e ex-funcionários' em vez de 'quase três dúzias de funcionários')

Por Tim Reid

WASHINGTON (Reuters) - Quase três dúzias de servidores atuais e ex-funcionários da agência dos Estados Unidos que responde a desastres naturais alertaram o Congresso em uma carta nesta segunda-feira que a inexperiência dos principais nomeados do governo Trump poderia levar a uma catástrofe no nível do furacão Katrina.

Assinada por 35 funcionários nomeados da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), a carta foi uma rara manifestação de dissidência interna no órgão. A carta aponta que os atuais líderes da agência, incluindo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, e o diretor interino da Fema, David Richardson, não tinham as qualificações necessárias para gerenciar desastres naturais e estavam corroendo sua capacidade de responder a furacões e outras emergências.

A exigência de Noem de revisão de todos os contratos e concessões acima de US$100.000 'reduz as autoridades e a capacidade da Fema de cumprir rapidamente nossa missão', afirma a carta.

O texto pede ao Congresso que torne a Fema um órgão independente, livre da interferência do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) e que proteja os funcionários da agência de demissões por motivos políticos 'para evitar não apenas outra catástrofe nacional como o furacão Katrina, mas a dissolução efetiva da própria Fema'.

Daniel Llargues, secretário de imprensa interino da Fema, disse que a agência está 'comprometida em garantir que a Fema atenda ao povo americano'. Segundo Llargues, ela está atolada em burocracia e ineficiências e o governo Trump 'fez da responsabilidade e da reforma uma prioridade'.

O DHS não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Cerca de 2.000 funcionários da Fema, um terço de sua força de trabalho, deixaram a agência neste ano. O governo Trump também planeja cortar cerca de US$1 bilhão em verbas de subsídios, afetando seus programas de gerenciamento de emergências.

A carta de protesto foi enviada dias antes do 20º aniversário do Katrina, que causou inundações catastróficas em Nova Orleans e destruição devastadora ao longo da Costa do Golfo em agosto de 2005, ceifando a vida de mais de 1.800 pessoas.

Também foi entregue dois meses após o início da temporada de furacões nos EUA e em um momento em que o presidente Donald Trump disse que quer reduzir drasticamente o tamanho e o mandato da Fema, deixando muito mais o ônus de responder a desastres naturais para os Estados individualmente.

O Katrina foi um dos piores desastres naturais da história dos EUA, em parte devido a um colapso da liderança e da resposta em nível municipal, estadual e federal. O Congresso aprovou a Lei de Reforma de Emergência Pós-Katrina em 2006 para conferir mais responsabilidade à Fema e colocar em prática salvaguardas para mitigar o fracasso de outra resposta.

A carta adverte que o governo Trump está desfazendo essas reformas e fazendo com que a Fema retorne aos níveis anteriores ao Katrina, cortando verbas, reduzindo os programas de recuperação de desastres e de treinamento e dificultando sua capacidade de agir rapidamente.

(Reportagem de Tim Reid)

((Tradução Redação Brasília))

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