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Israel confirma a morte de jornalista da Al Jazeera e diz que ele era um agente do Hamas

Israel confirma a morte de jornalista da Al Jazeera e diz que ele era um agente do Hamas

Reuters

01/08/2024

Placeholder - loading - Palestinos observam veículo onde a TV Al Jazeera disse que repórter e cinegrafista foram mortos em ataque israelense, em Gaza 31/07/2024 REUTERS/Ayman Al Hassi
Palestinos observam veículo onde a TV Al Jazeera disse que repórter e cinegrafista foram mortos em ataque israelense, em Gaza 31/07/2024 REUTERS/Ayman Al Hassi

JERUSALÉM (Reuters) - Os militares israelenses confirmaram nesta quinta-feira que mataram o jornalista da Al Jazeera Ismail Al-Ghoul em um ataque aéreo em Gaza, dizendo que ele era um agente do Hamas que havia participado do ataque a Israel em 7 de outubro.

A Al Jazeera rejeitou o que disse serem 'alegações infundadas' que, segundo ela, eram uma tentativa de justificar o assassinato deliberado de seus jornalistas.

'A rede condena as acusações contra seu correspondente Ismail Al-Ghoul, sem fornecer qualquer prova, documentação ou vídeo', disse em um comunicado, acrescentando que se reservava o direito de tomar medidas legais contra os responsáveis.

A emissora do Catar disse na quarta-feira que Al-Ghoul e o cinegrafista Ramy El Rify foram mortos em um ataque israelense na Cidade de Gaza quando estavam em uma pauta para filmar perto da casa de Ismail Haniyeh, o chefe do Hamas morto no Irã no início do mesmo dia.

Os militares israelenses disseram que Al-Ghoul era membro da unidade de elite Nukhba, que participou do ataque de 7 de outubro e instruiu os agentes do Hamas sobre como gravar as operações, e disse que ele estava envolvido na gravação e divulgação dos ataques às tropas israelenses.

'Suas atividades em campo eram uma parte vital da atividade militar do Hamas', disseram em um comunicado.

A Al Jazeera disse que Al-Ghoul trabalhava para a rede desde novembro de 2023 e que sua única profissão era a de jornalista.

A emissora disse que ele havia sido preso e detido no Hospital Al-Shifa, na parte norte da Faixa de Gaza, quando foi tomado pelas forças israelenses em março, antes de ser libertado, o que, segundo a emissora, 'desmascara e refuta a falsa alegação de sua afiliação a qualquer organização'

O governo israelense proibiu a Al Jazeera de operar em Israel, acusando-a de representar uma ameaça à segurança nacional.

A Al Jazeera, que tem criticado fortemente a campanha israelense em Gaza, nega ter incitado a violência.

O escritório de mídia do governo de Gaza, dirigido pelo Hamas, disse que a morte dos dois membros da equipe da Al Jazeera aumentou para 165 o número de jornalistas palestinos mortos por fogo israelense desde 7 de outubro.

(Reportagem de James Mackenzie)

Reuters

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