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Johnson ameaça convocar eleições antes da batalha sobre Brexit no Parlamento

Placeholder - loading - Premiê britânico, Boris Johnson, fala a jornalistas 02/09/2019 REUTERS/Simon Dawson
Premiê britânico, Boris Johnson, fala a jornalistas 02/09/2019 REUTERS/Simon Dawson

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Por Guy Faulconbridge e Kylie MacLellan e William James

LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, descartou nesta segunda-feira apresentar um pedido para que a União Europeia adie a saída do Reino Unido do bloco, e fez um alerta implícito aos parlamentares de que será forçado a convocar uma eleição antecipada se o Parlamento atar suas mãos em relação ao Brexit.

A promessa de Johnson de retirar o país da União Europeia em 31 de outubro, com ou sem um acordo de separação, colocou o Reino Unido a caminho de uma crise constitucional e de uma batalha com os outros 27 membros do bloco.

Com o Reino Unido a menos de 60 dias de uma possível saída sem acordo, uma aliança de parlamentares da oposição está negociando com rebeldes do Partido Conservador, de Johnson, para bloquear uma saída sem acordo e forçá-lo a adiar o Brexit por três meses.

Em um aviso velado aos parlamentares, Johnson disse que nunca irá adiar o Brexit, que já foi postergado duas vezes por sua antecessora no cargo, Theresa May.

'Quero que todos saibam que não há circunstâncias nas quais pedirei a Bruxelas que adie: sairemos em 31 de outubro', disse Johnson em uma declaração organizada às pressas em um púlpito do lado de fora do número 10 da Downing Street.

'Não aceitaremos nenhuma tentativa de voltar atrás em nossas promessas', disse Johnson. 'Eu não quero uma eleição. Vocês não querem uma eleição. Vamos seguir em frente com a agenda do povo.'

Johnson, o rosto da campanha pela separação no referendo de 2016, acrescentou que, se os parlamentares votarem a favor de atrasar o Brexit, eles 'claramente cortariam as pernas do Reino Unido e tornariam absolutamente impossível qualquer negociação adicional'.

A declaração de Johnson faz parte do jogo de xadrez político sobre o Brexit antes do retorno do Parlamento do recesso de verão, na terça-feira.

Johnson está alertando o Parlamento que irá convocar eleições para 14 de outubro se for desafiado pelos parlamentares, disse uma alta fonte do governo à Reuters.

'Os membros do Parlamento enfrentarão uma escolha muito simples amanhã quando votarem. Se eles votarem para dar a Boris Johnson a chance de fazer as negociações... essa seria a melhor chance para o Reino Unido obter um acordo', disse a fonte.

'Mas, se eles votarem amanhã para atrapalhar o processo de negociação, para não dar ao Reino Unido a capacidade de negociar um acordo, também terão que refletir sobre o que virá a seguir.'

A proposta de realização de uma eleição seria votada na quarta-feira e exigiria a aprovação de uma maioria de dois terços na Câmara dos Comuns, que tem 650 cadeiras. Se aprovada, a eleição provavelmente seria em 14 de outubro, disse a fonte.

Rebeldes e oponentes do governo dizem que Johnson está apostando em uma eleição que ele dirá que foi forçado a convocar pelos que se opõem ao Brexit no Parlamento.

Os parlamentares de oposição a um Brexit sem acordo tentarão na terça-feira controlar o tempo parlamentar na quarta-feira para aprovar uma legislação que forçaria Johnson a buscar um adiamento de três meses para o Brexit. Se eles derrotarem o governo, Johnson buscará uma eleição.

Mais de três anos depois de 52% do Reino Unido decidirem deixar a UE por meio de um referendo, ainda não está claro em que termos, ou mesmo se, o Brexit acontecerá.

O Reino Unido teve diversas votações extraordinárias nos últimos anos. Em 2014, os escoceses rejeitaram a independência em um referendo, e, em 2015, o então premiê David Cameron obteve uma maioria surpreendente graças a uma promessa de realizar um referendo sobre a filiação à UE, mas saiu derrotado no ano seguinte.

Depois de conquistar o cargo em meio ao caos que se seguiu ao referendo, sua sucessora, Theresa May, apostou em uma eleição antecipada em 2017, mas perdeu sua maioria parlamentar na votação.

Escrito por Reuters

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