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Justiça barra candidato condenado de usar fundo eleitoral em caso que pode ser precedente para Lula

Justiça barra candidato condenado de usar fundo eleitoral em caso que pode ser precedente para Lula

Thomson Reuters

27/08/2018

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SÃO PAULO (Reuters) - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará decidiu por liminar barrar o acesso de um candidato a deputado estadual condenado em segunda instância ao fundo eleitoral, em um caso que pode servir de precedente para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também condenado em segunda instância e que teve registrada sua candidatura ao Palácio do Planalto.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público Federal do Pará nesta segunda-feira, o TRE do Estado atendeu pedido do MP eleitoral para negar o acesso do candidato a deputado estadual pelo PRB Mauro Cezar Melo Ribeiro ao fundo eleitoral, assim como ao fundo partidário, ao aceitar a argumentação de que a candidatura de Ribeiro tem uma inelegibilidade 'chapada'.

Ele foi condenado em segunda instância por tentar usar o cargo de presidente do Tribunal Arbitral do Pará, que ele ocupava em 2003, para obrigar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a legalizar uma rádio clandestina no município de Capitão Poço, no nordeste paraense.

Ele cumpriu pena, e sua punibilidade foi extinta por indulto em 2016, mas como a Lei da Ficha Limpa determina prazo de oito anos de inelegibilidade após o término do cumprimento da pena, o MP afirma que Ribeiro está inelegível até 2024.

O termo 'inelegibilidade chapada' foi usado pelo ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux, para se referir a uma eventual candidatura de Lula em decisão de início de agosto em que ele se recusou a analisar a declaração antecipada de inelegibilidade do petista por entender que o pedido era “genérico, apresentado por um cidadão isolado, antes do início do período legalmente destinado à oficialização das candidaturas”.

Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto na eleição de outubro, está preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro imposta pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

O PT, que afirma que o ex-presidente é inocente, registrou sua candidatura no dia 15 de agosto e o registro já foi alvo de contestações baseadas na Lei da Ficha, que barra a candidatura de condenados por órgãos colegiados da Justiça.

Antes do registro da candidatura de Lula, e sem citar o petista nominalmente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse em entrevista coletiva no final de julho que o MP eleitoral, que ela também chefia, irá buscar o ressarcimento aos cofres públicos de recursos públicos eventualmente usados por candidatos considerados inelegíveis.

(Por Eduardo Simões)

Thomson Reuters

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