Leopoldo López diz que se reuniu com militares na Venezuela e antecipa 'mais movimentos'
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CARACAS (Reuters) - O político de oposição venezuelano Leopoldo López disse na quinta-feira que se encontrou com 'comandantes e generais' em sua casa enquanto estava em prisão domiciliar nas últimas três semanas, antes do levante frustrado no início da semana para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
'Estamos nos preparando com muita seriedade para a próxima fase, que será o governo de transição', disse López, de 48 anos.
O líder, que passou os últimos cinco anos encarcerado ou em prisão domiciliar, disse que espera que o 'fim da usurpação' --uma referência ao fim do governo de Maduro-- aconteça 'em algumas semanas'.
As reuniões com os oficiais se realizaram na casa de López, que abandonou sua prisão domiciliar na terça-feira para acompanhar o presidente da Assembleia Legislativa e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, em uma convocação para que os militares abandonassem Maduro.
López não deu os nomes dos militares com quem se reuniu, mas disse que falou com 'muitos'. 'Claro que vai haver mais movimentos no setor militar', indicou.
Enquanto isso, o governo espanhol disse não ter intenção de entregar López às autoridades do país após uma ordem de detenção emitida mais cedo por um tribunal de Caracas.
López, sua esposa, Lilian Tintori, e sua filha mais jovem Federica, entraram na terça-feira como hóspedes na residência do embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva.
A Espanha 'em nenhum caso contempla a entrega de Leopoldo López às autoridades venezuelanas e nem seu desalojamento da residência do embaixador', disse o governo espanhol em um comunicado.
(Reportagem de Corina Pons e Mayela Armas)
Escrito por Reuters
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