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Lituânia culpa Rússia por ataque com martelo contra aliado exilado de Navalny

Placeholder - loading - Leonid Volkov concede entrevista à Reuters em Vilnius  12/3/2024    REUTERS/Gerhard Mey
Leonid Volkov concede entrevista à Reuters em Vilnius 12/3/2024 REUTERS/Gerhard Mey

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Por Andrius Sytas

VILNIUS (Reuters) - A Lituânia culpou Moscou nesta quarta-feira pelo ataque noturno de um agressor armado com um martelo a um dos principais aliados do falecido líder da oposição russa, Alexei Navalny, fora de sua casa em Vilnius.

O presidente Gitanas Nauseda disse que o ataque ao aliado de Navalny Leonid Volkov foi claramente pré-planejado e vinculado a outras provocações contra a Lituânia.

'Só posso dizer uma coisa ao (presidente russo Vladimir) Putin: ninguém tem medo de você aqui', afirmou Nauseda.

A agência de contrainteligência do Departamento de Segurança do Estado da Lituânia disse que o ataque provavelmente foi realizado para impedir que a oposição russa influencie a eleição presidencial da Rússia.

Putin, no poder desde a virada do milênio, realiza uma eleição nos próximos dias contra uma oposição simbólica para estender seu governo por mais seis anos.

O Kremlin vê a equipe de Navalny como 'a força de oposição mais perigosa capaz de exercer influência real sobre os processos internos da Rússia', disse a agência de segurança lituana.

Não houve comentário imediato de Moscou sobre o incidente.

O próprio Volkov também apontou o dedo diretamente para Putin. Em uma postagem no Telegram, ele disse que havia voltado para casa na manhã de quarta-feira após uma noite no hospital, tendo sofrido fratura no braço e ferimentos causados por cerca de 15 golpes de martelo na perna durante o ataque.

'Esse é um óbvio e típico 'olá' criminoso de Putin, da criminosa Petersburgo', escreveu Volkov.

'Continuaremos trabalhando e não nos renderemos', acrescentou Volkov. 'É difícil, mas vamos lidar com isso... É bom saber que ainda estou vivo.'

Em uma entrevista à Reuters horas antes do ataque de terça-feira à noite, Volkov disse que os líderes do movimento de Navalny no exílio temiam por suas vidas.

'Eles sabem que Putin não mata apenas pessoas dentro da Rússia, mas também pessoas fora da Rússia', afirmou Volkov à Reuters na entrevista. 'Vivemos em tempos muito sombrios'.

Mais cedo, a ex-porta-voz de Navalny Kira Yarmysh postou imagens de Volkov com um hematoma na testa, sangue saindo de um ferimento na perna e um veículo com danos na porta e na janela do motorista.

'Volkov acabou de ser atacado do lado de fora de sua casa. Alguém quebrou a janela do carro e jogou gás lacrimogêneo em seus olhos, depois disso o agressor começou a bater em Leonid com um martelo', escreveu ela no site de mídia social X.

O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, chamou o incidente de chocante e disse que os agressores devem 'responder por seu crime'. O comissário de polícia da Lituânia, Renatas Pozela, afirmou que a polícia estava dedicando 'enormes recursos' para investigar a agressão.

Ele insistiu que o ataque não significava que o país da União Europeia e da Otan, com 2,8 milhões de habitantes, que faz fronteira com Rússia e Belarus e se tornou uma base para figuras da oposição russa e bielorrussa, não era mais seguro.

'Este é um evento único que resolveremos com sucesso... Nosso povo não deve ter medo por causa disso', disse Pozela.

Escrito por Reuters

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