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Lula diz que mercado está nervoso à toa, após turbulência em reação a declarações suas

Lula diz que mercado está nervoso à toa, após turbulência em reação a declarações suas

Reuters

10/11/2022

Placeholder - loading - Presidente eleito chora ao falar em reunião com equipe de transição em Brasília 10/11/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente eleito chora ao falar em reunião com equipe de transição em Brasília 10/11/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino

Atualizada em  10/11/2022

(Reuters) - O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, procurou minimizar a reação nesta quinta-feira do mercado financeiro, que reagiu mal a declarações suas criticando a necessidade de cumprir regra fiscal em detrimento de gastos sociais e defender que algumas despesas deveriam ser consideradas investimentos.

'O mercado fica nervoso à toa. Eu nunca vi um mercado tão sensível como o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso com quatro anos do (governo Jair) Bolsonaro', disse Lula ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição de governo.

O dólar fechou em alta de mais de 4% e o Ibovespa caiu 3,61%, com os operadores pessimistas com riscos de descontrole fiscal do futuro governo e também com o anúncio do nome do ex-ministro Guido Mantega para a equipe de transição. O Ibovespa caiu 3,61%.

Em discurso a parlamentares aliados mais cedo, Lula disse que é preciso mudar alguns conceitos fiscais.

'Muitas coisas que são consideradas como gasto nesse país nós temos que passar a considerar como investimento', disse o presidente eleito.

'Não é possível que se tenha cortado dinheiro da Farmácia Popular em nome de que é preciso cumprir a regra fiscal, cumprir a regra de ouro. Sabe qual é a regra de ouro desse país? É garantir que nenhuma criança vá dormir sem tomar um copo de leite e acorde sem ter um pão com manteiga pra comer todo dia. Essa é a nossa regra de ouro', acrescentou.

A chamada regra de ouro, prevista na Constituição, proíbe o governo de se endividar para cobrir gastos como salários e custeio da máquina.

O mercado financeiro está tenso com a discussão em torno da elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição que garanta recursos fora do teto de gastos para a continuidade do pagamento do Bolsa Família --como voltará a ser chamado o atual Auxílio Brasil-- no valor de 600 reais e mais 150 reais por filhos até seis anos de idade.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello)

Reuters

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