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Lula indicou mais celeridade com misturas de biodiesel, diz Silveira

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto 30/08/2023 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto 30/08/2023 REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que o Brasil deve avançar 'com mais celeridade' no aumento das misturas de biodiesel no diesel, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após evento que lançou o projeto de lei Combustível do Futuro.

Atualmente, o Brasil mistura 12% de biodiesel no diesel fóssil, e há um cronograma para aumento gradual desse percentual nos próximos anos. O governo estabeleceu anteriormente elevação para 13% em 2024, subindo para 14% em 2025 e 15% em 2026.

Uma mistura maior de biodiesel beneficiaria a indústria de soja, que responde por algo entre 65% e 70% da matéria-prima para a produção do biocombustível. Além disso, o maior processamento da oleaginosa gera mais farelo de soja para o setor de ração animal, por consequência.

Durante o lançamento do programa, que trata de outros biocombustíveis considerados mais avançados, como o SAF (de aviação) e 'diesel verde', Lula afirmou mais cedo que muitas usinas de biodiesel fecharam e que, se dependesse dele, todas seriam recuperadas.

'Quem sabe a gente tenha que convidar outra vez o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e quem sabe a gente aumente de 12% para 13% ou de 12% para 14%, porque está provado que é possível a gente aumentar a produção', disse Lula, em discurso.

O CNPE é um órgão interministerial de aconselhamento do presidente da República.

A mistura de biodiesel já chegou a 13% em 2021, antes de ser reduzida pelo governo anterior, que definiu 10% para todo o ano de 2022, em meio a uma quebra de safra de soja que elevou preços.

No início deste ano, o governo Lula recém-empossado definiu a mistura de 12% a partir de abril, reestabelecendo um cronograma de aumento gradual.

Logo após o evento, a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) se posicionou, afirmando que 'foi importante' a posição do presidente Lula pedindo ao ministro Alexandre Silveira uma reunião do CNPE para discutir a antecipação da mistura.

'Todo o setor investiu com uma previsibilidade anterior do B15 (mistura de 15%), que foi quebrada há uns anos atrás. O retorno ao cronograma de mistura retoma essa necessidade de sustentação econômica', disse o vice-presidente da Ubrabio, Leonardo Zilio.

Segundo ele, o setor está pronto para produzir até mais, atendendo a uma mistura entre 18% e 19%.

'A sociedade ganha com 94% a menos de emissão de gás estufa, com mais emprego e agricultura familiar', disse ele, lembrando que há um projeto de lei que prevê um programa decenal de expansão do biodiesel na matriz energética.

Por outro lado, uma mistura maior de biodiesel no diesel enfrenta oposição de entidades ligadas ao setor de transporte, que citam problemas para os motores, o que setor do biocombustível nega.

Representantes dessas indústrias divulgaram nota no início deste ano dizendo que o uso do biodiesel precisava ser revisado no Brasil, ao mesmo tempo em que consideram que este biocombustível é menos eficiente em relação a outras rotas tecnológicas, como o chamado 'diesel verde'.

(Por Lisandra Paraguassu; com reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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