Mais de 800 locais são afetados por manchas de óleo; governo cria auxílio emergencial para pescadores
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de localidades afetadas pelas manchas de óleo que atingem o litoral brasileiro desde o início de setembro chegou a 803, em 11 diferentes Estados, e o governo publicou nesta sexta-feira medida provisória para instituir auxílio financeiro emergencial a pescadores atingidos.
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as manchas de óleo chegaram a ilhas, praias, mangues e rios em 126 municípios do litoral, do Maranhão até o Rio de Janeiro -- o mais recente Estado a ser atingido pelo desastre ambiental, considerado o pior do litoral brasileiro.
Até o momento, duas cidades do norte do litoral fluminense registraram vestígios de óleo, segundo o levantamento atualizado com dados até quinta-feira.
No início do mês, uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal apontou o navio grego Bouboulina como o mais provável responsável pelo óleo que atinge o litoral brasileiro.
O navio teria sido abastecido no Porto de José, na Venezuela e zarpado no dia 18 de julho com destino à Malásia. A empresa Delta Tankers, proprietária do navio apontado pelas autoridades, nega responsabilidade.
Pescadores profissionais artesanais que foram afetados pelas manchas de óleo no litoral brasileiro terão direito a receber um auxílio emergencial pecuniário no valor de 1.996 reais, que será pago em duas parcelas de 998 reais, de acordo com uma medida provisória publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
Segundo a MP, os recursos para operacionalização do auxílio virão das dotações orçamentárias do Ministério da Cidadania, 'sem prejuízo de eventual ressarcimento dos valores despendidos com o pagamento do auxílio por quem tenha dado causa ao derramamento do óleo', informou em nota o Ministério da Agricultura, que foi responsável por enviar relação dos pescadores para que seja operacionalizado o pagamento do auxílio.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Edição de Maria Pia Palermo)
Escrito por Reuters
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