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Mandado de prisão contra ex-líder das Farc abala acordo de paz da Colômbia

Placeholder - loading - Ex-comandante das Farc Jesús Santrich no Congresso colombiano, em Bogotá 11/06/2019 REUTERS/Andres Torres Galeano
Ex-comandante das Farc Jesús Santrich no Congresso colombiano, em Bogotá 11/06/2019 REUTERS/Andres Torres Galeano

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Por Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) - A Suprema Corte da Colômbia ordenou a prisão de um ex-comandante rebelde das Farc que se tornou parlamentar na terça-feira por não ter comparecido a um depoimento sobre acusações de tráfico de drogas dos Estados Unidos, em um novo golpe no acordo de paz histórico do país.

Seuxis Paucias Hernández, conhecido na Colômbia pelo nome de guerra Jesús Santrich, é um dos 10 ex-comandantes das Farc que se tornaram parlamentares em cumprimento aos termos do acordo de paz de 2016.

O pacto, assinado pelo ex-presidente Juan Manuel Santos, visou encerrar um conflito de meio século que matou 260 mil pessoas, permitindo que os ex-rebeldes marxistas entrassem na política e se reintegrassem à sociedade.

Mas, no ano passado, autoridades norte-americanas pediram a extradição de Hernández acusando-o de ajudar a contrabandear 10 toneladas de cocaína aos EUA em 2017. Hernández, de 52 anos, negou as acusações, dizendo serem parte de uma conspiração.

Ele foi intimado a comparecer a um tribunal na terça-feira para ajudar a determinar se ele deveria ser detido enquanto sua extradição é analisada. Mas somente seu advogado compareceu, dizendo não ter ideia do paradeiro do cliente.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, elogiou a corte por ordenar a captura de Hernández. 'Esta é a decisão esperada por todos os colombianos que estão revoltados com este espetáculo de afronta à Justiça', disse ele em comentários transmitidos pela televisão.

O desaparecimento de Hernández pode render apoio para Duque adotar uma postura mais rígida com as Farc. Muitos colombianos acham que o acordo de paz foi muito leniente com os ex-rebeldes, e Duque fez campanha prometendo modificá-lo.

Hernández desapareceu no dia 30 de junho, quando as autoridades dizem que ele descartou seus guarda-costas em uma área de reincorporação de ex-combatentes próxima da fronteira com a Venezuela. Ele não foi visto em público desde então.

Hoje o partido político das Farc só tem oito parlamentares na ativa. Outro ex-comandante e parlamentar, Luciano Marin, de codinome Iván Márquez, desapareceu no ano passado depois que seu sobrinho foi preso e levado para os EUA para cooperar com investigadores de tráfico de drogas.

Agora uma corte especial criada para supervisionar o acordo de paz está investigando se Marin e outros ex-comandantes das Farc estão mantendo seus compromissos.

Escrito por Reuters

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