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Mandetta diz que recusou demissão de Wanderson: 'Sairemos juntos'

Placeholder - loading - Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta 07/04/2020 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta 07/04/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Ainda longe do pico da epidemia do coronavírus, o governo quase perdeu um dos homens-chave do combate à doença, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, que chegou a pedir demissão nesta quarta-feira, mas teve sua saída recusada pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

'Vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do Ministério da Saúde', disse Mandetta, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto ao lado de Wanderson e do secretário-executivo do ministério, João Gabbardo. 'Por isso, eu fiz questão de vir aqui nessa coletiva de hoje.'

Doutor em epidemiologia, Wanderson tinha apresentado sua demissão durante a reunião da equipe na manhã desta quarta-feira, e o ministério chegou a anunciar sua decisão de permanecer no cargo apenas até sexta-feira apenas, mas Mandetta anunciou que, assim como ele, Wanderson fica até a hora que saírem todos juntos.

Em uma carta enviada à sua equipe pela manhã, Wanderson afirmou que era hora de preparar a saída, que o período de Mandetta à frente do ministério acabara e que havia chegado a indicar seu sucessor.

O ministro, no entanto, o convenceu a ficar - não se sabe por quanto tempo.

Segundo Mandetta, que está ameaçado de demissão pelo presidente Jair Bolsonaro, a entrevista desta quarta-feira é mais uma 'rotina' para o ministério, que tem feito boletins presenciais sobre a atuação da pasta no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O ministro disse que, no período, os boletins têm sido apresentados por ele, Wanderson e Gabbardo, e que nesta quarta-feira não seria diferente. Mandetta classificou como 'ruído' uma carta que Wanderson enviou a pessoas próximas mais cedo em que dizia que iria deixar o posto do ministério.

Na noite de terça-feira, Mandetta reuniu seus secretários ao voltar do Palácio do Planalto e afirmou que seria demitido até o final desta semana. De acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters, o anúncio do ministro não veio de uma conversa formal no Planalto, mas de um 'feeling' sobre a sua situação.

No encontro, Mandetta foi aconselhado por alguns dos secretários a pedir demissão, mas o ministro se recusou e afirmou que iria esperar uma ação formal do presidente Jair Bolsonaro.

Wanderson é o primeiro a anunciar sua demissão, mas boa parte dos secretários deve sair com Mandetta, de acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters. Na carta a seus subordinados, o secretário de Vigilância avisou que não ficaria no ministério sem Mandetta e que o mandato do ministro no cargo já havia acabado, restava preparar a saída.

Do Planalto não houve informações oficiais durante o dia sobre uma eventual demissão de Mandetta. Ao sair do Palácio da Alvorada pela manhã, Bolsonaro disse a apoiadores que iria resolver 'a questão da saúde' para 'tocar o barco', mas não citou o nome do ministro.

Escrito por Reuters

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