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Minerva acerta compra de ativos de bovinos e ovinos da Marfrig por R$7,5 bi

Placeholder - loading - Trabalhador embala carne bovina  07/10/2011 REUTERS/Paulo Whitaker
Trabalhador embala carne bovina 07/10/2011 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A Minerva e sua controlada Athn Foods Holdings fecharam acordo de 7,5 bilhões de reais para comprar determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos da gigante do setor Marfrig no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, conforme anúncio feito pelas duas empresas rivais nesta segunda-feira.

O acordo deve fortalecer a Minerva na América do Sul, onde a empresa já é a maior exportadora de carne bovina, ampliando a capacidade de abate em cerca de 44%, para mais de 42 mil cabeças/dia. Com isso, a companhia disse que passa a ser o segundo maior produtor de carne bovina na região.

Segundo a Marfrig, foi acertado um sinal de 1,5 bilhão de reais recebidos nesta segunda-feira, enquanto o saldo de 6 bilhões do acordo será pago no fechamento da transação.

Já a Minerva disse em comunicado separado que conta com o compromisso de financiamento firme por parte do banco JP Morgan quanto ao montante relativo às parcelas remanescentes.

A Minerva declarou ainda que a receita líquida das plantas adquiridas somada com o faturamento atual da companhia resultará num montante superior a 50 bilhões de reais.

'Estamos muito entusiasmados com esse movimento, que está em linha com a nossa estratégia de diversificação geográfica e complementa de forma única a nossa operação na América do Sul, que é um dos mercados mais competitivos do mundo', disse o CEO da Minerva Foods, Fernando Queiroz, em comunicado.

'Isso colocará a nossa companhia em outro patamar, nos dará acesso a novos clientes internacionais, maximizará as oportunidades comerciais e sinergias operacionais, reduzindo riscos...', acrescentou o executivo.

A Minerva ressaltou também que os preços de compra configuram 'investimento relevante' e que operações serão submetidas à ratificação dos seus acionistas em assembleia geral a ser oportunamente convocada.

A Marfrig, por sua vez, destacou que os seus complexos industriais da região com maiores escala e margens de lucro permanecem sob a gestão da companhia, que passa a ter uma receita consolidada anual de cerca de 130 bilhões de reais.

'Cada vez mais nos consolidamos como uma companhia global, com diversificação geográfica, produtos de alto valor agregado e marcas líderes em seus segmentos', comentou o fundador e presidente do conselho de administração da Marfrig, Marcos Molina dos Santos, em nota.

'Enxergamos enormes oportunidades de crescimento, com margens mais altas e mais resilientes', acrescentou Molina, com a empresa ressaltando que de 2018 a 2022 a participação dos produtos industrializados e de marca na receita líquida da operação América do Sul saiu de cerca de 5% para quase 20%.

As ações de Marfrig e Minerva fecharam entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira, com ganhos de 3,5% e 4,2%, respectivamente.

A transação está sujeita à análise e aprovação das respectivas autoridades concorrenciais.

COMO FICAM AS EMPRESAS

No total, a Minerva passará a ter 40 plantas de abate e desossa de bovinos: 21 unidades no Brasil, 5 no Paraguai, 6 na Argentina, 6 no Uruguai e 2 na Colômbia.

No segmento de cordeiros, a empresa passa a ter 5 plantas e capacidade total de abate e desossa de 25.716 cabeças/dia, sendo 4 plantas na Austrália, e 1 planta no Chile, ampliando seu acesso a mercados premium.

Conforme fato relevante da Marfrig, os ativos envolvidos na transação são os seguintes no Brasil em abate de bovinos: Alegrete (RS), Bagé (RS), Bataguassu (MS), Chupinguaia (RO), Mineiros (GO), Pontes e Lacerda (MT), São Gabriel (RS), Tangará da Serra (MT) e três unidades inativas.

Além disso, o acordo envolve na Argentina a unidade de abate de bovinos de Villa Mercedes; no Chile, a unidade de abate de ovinos Patagonia; e no Uruguai as unidades de abate de bovinos Colônia, Salto e San José.

A Marfrig ressaltou que continuará presente nos segmentos de bovinos e processados no Brasil, e com a fábrica de industrializados Pampeano, a maior exportadora brasileira de enlatados para Europa.

A empresa acrescentou que seguirá com os complexos industriais de abate e processamento de produtos com marca e valor agregado de Várzea Grande e Promissão, assim como a fábrica de hambúrgueres de Bataguassu.

Ademais, Marfrig disse que seguirá com sua participação de controle na BRF, na National Beef e na Plant Plus, nos Estados Unidos.

Na Argentina, a Marfrig segue com o seu complexo industrial de San Jorge, produtor das marcas Quickfood, Paty e Vienissima!, assim como com a unidade de Campo del Tesoro, fornecedora de cadeias de fast-food globais, além das unidades de Baradero e Arroyo Seco.

No Uruguai, a Marfrig seguirá com o complexo industrial de Tacuarembó, líder na produção de carne orgânica, e a unidade de processados de Fray Bentos. No Chile, a Marfrig manterá seus complexos de armazenagem, distribuição e trading.

Escrito por Reuters

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