Mediadores propõem acordo para retirar combatentes do Hamas da zona israelense de Gaza, dizem fontes
Mediadores propõem acordo para retirar combatentes do Hamas da zona israelense de Gaza, dizem fontes
Reuters
06/11/2025
Por Nidal al-Mughrabi
CAIRO (Reuters) - Os combatentes do Hamas escondidos na área de Rafah, em Gaza, controlada por Israel, entregariam suas armas em troca de passagem para outras áreas do enclave, de acordo com uma proposta para resolver uma questão vista como um risco para a trégua de um mês, segundo duas fontes familiarizadas com as negociações.
Desde que o cessar-fogo mediado pelos EUA entrou em vigor em Gaza, em 10 de outubro, a área de Rafah foi palco de pelo menos dois ataques contra as forças israelenses, que Israel atribuiu ao Hamas; o grupo militante negou a responsabilidade.
Os mediadores egípcios propuseram que, em troca de uma passagem segura, os combatentes que ainda estão em Rafah entreguem suas armas ao Egito e forneçam detalhes sobre os túneis existentes para que possam ser destruídos, afirmou uma das fontes, um oficial de segurança egípcio.
Israel e o Hamas ainda não aceitaram as propostas dos mediadores, disseram as duas fontes. Uma terceira confirmou que as conversas sobre o assunto estavam em andamento.
O gabinete do primeiro-ministro israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre os relatos; Hazem Qassem, porta-voz do Hamas em Gaza, não quis comentar.
Os ataques em Rafah se transformaram em uma das piores violências desde o início do cessar-fogo, com a morte de três soldados israelenses, o que provocou uma retaliação israelense que matou dezenas de palestinos.
Duas das fontes disseram que os combatentes do Hamas em Rafah, que, segundo o braço armado do grupo, estão sem contato desde março, podem não saber que o cessar-fogo está em vigor. Uma delas acrescentou que a retirada dos combatentes serve ao interesse de proteger a trégua.
As fontes não informaram quantos combatentes do Hamas podem estar escondidos na região de Rafah.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi no Cairo, Maayan Lubell em Jerusalém)
Reuters

