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Pazuello diz que toda produção da CoronaVac pelo Butantan irá para vacinação nacional

Placeholder - loading - Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira que toda a produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan será incorporada ao plano nacional de imunização e distribuída de forma igualitária aos Estados, na melhor hipótese, a partir de 20 de janeiro.

O anúncio de Pazuello, em pronunciamento no Palácio do Planalto, contraria os planos do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de iniciar a partir do próximo 25 dia a vacinação da CoronaVac de forma emergencial no Estado, a despeito do plano nacional coordenado pelo ministério.

'Toda a produção do Butantan --e quero ressaltar toda-- será incorporada ao plano nacional de imunização', disse Pazuello.

'Serão distribuídas de forma equitativa e proporcional a todos os Estados da mesma forma que a vacina da AstraZeneca', reforçou ele, citando o imunizante desenvolvido pelo laboratório britânico em conjunto com a Universidade de Oxford e que tem como parceiro no Brasil a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao ministério.

Pazuello disse que foi assinado nesta quinta um contrato com o Butantan, menos de 24 horas após a edição de uma medida provisória pelo presidente Jair Bolsonaro, que poderá permitir a compra de até 100 milhões de doses da CoronaVac.

Essa MP permitiu que se feche acordos com laboratórios mesmo sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Butantan e o governador Doria confirmaram a assinatura do acordo. Segundo Doria, será possível iniciar a vacinação de grupos de risco em São Paulo e ao mesmo tempo fornecer imunizantes aos demais Estados dentro do plano nacional.

Atualmente, já existem 10,8 milhões de doses da CoronaVac no Brasil e até março haverá 46 milhões, disse o governador.

Aa presença da CoronaVac nos planos do governo federal para o Covid-19 demonstra uma nova mudança de atuação. Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro --adversário declarado do governador paulista-- anunciou um veto a um acordo costurado por Pazuello com o governo paulista para a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa.

Sem evidências, Bolsonaro já atacou publicamente a CoronaVac, chegando até mesmo a duvidar da sua eficácia sem ainda ter dados divulgados dos resultados dos testes. Nesta quinta, o Butantan informou que a eficácia dessa vacina é de 78% para casos leves, chegando a 100% em casos graves de Covid-19.

Presente na coletiva, o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, detalhou que o contrato assinado com o Butantan prevê a aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac com insumos importados da China. Há ainda, afirmou, uma opção contratual para a compra de outras 54 milhões de doses que seriam produzidas localmente.

Contudo, Franco ressalvou que a segunda parte do acordo foi feita dessa forma em razão de restrições orçamentárias.

Segundo Pazuello, o custo para se vacinar cada pessoa com duas doses da vacina CoronaVac é de 21 dólares.

O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, afirmou ainda que são esperadas 6 milhões de doses da CoronaVac para serem usadas a partir de 20 de janeiro juntamente com outras 2 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca. Essas duas vacinas serão ministradas na etapa de uso emergencial.

Escrito por Reuters

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